Mercado prevê inflação oficial em 6,58% em 2008

A projeção do mercado financeiro para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2008 subiu novamente, superando ainda mais o teto da meta da inflação oficial brasileira este ano, de 6,5%. Segundo a Pesquisa Focus, compilado das principais projeções macroeconômicas de instituições financeiras divulgada hoje pelo Banco Central, o IPCA deve encerrar 2008 em 6,58%, ante previsão de 6,53% na semana passada. Foi a décima oitava elevação consecutiva da estimativa do mercado para o IPCA. Para 2009, a previsão permaneceu em 5% pela segunda vez seguida.

Em ambos casos, as previsões para o IPCA estão acima do centro da meta de inflação, de 4,5%. A margem de tolerância é de dois pontos porcentuais para baixo ou para cima, ou seja, entre 2,5% e 6,5%.

Para os Índices Gerais de Preços (IGPs), calculados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e que trazem o comportamento dos preços no atacado e também o impacto em tarifas públicas e de serviços, as previsões também subiram. O mercado espera agora que o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) encerre 2008 em 12,18%, ante 12,03% na previsão anterior. Já o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) deve ficar em 12,04% este ano, ante expectativa de 11,96% na semana passada. Já para 2009, a projeção para o IGP-DI caiu para 5,37%, de 5,39%, e a do IGP-M permaneceu em 5,5% pela segunda semana seguida.

Juros

Após o Comitê de Política Monetária (Copom) elevar a taxa básica de juros brasileira, a Selic, em 0,75 ponto porcentual para 13% ao ano, na semana passada, o mercado financeiro optou por manter pela sexta semana consecutiva, a projeção para o juro básico no País no fim de 2008. Segundo a Pesquisa Focus, a Selic deve encerrar o ano em 14,25% ao ano, o que representa uma alta de 1 25 ponto porcentual na Selic até dezembro.

Para 2009, o mercado elevou a previsão do juro básico no País, para 14% ao ano, ante estimativa anterior de 13,75% ao ano.

Câmbio

O mercado manteve a previsão para a taxa de câmbio no fim de 2008 em R$ 1,63. Porém, para 2009, o mercado elevou a projeção, com a taxa de câmbio encerrando o ano que vem em R$ 1,75, ante previsão anterior de R$ 1,74.

PIB

A estimativa de crescimento da economia brasileira em 2008 também não sofreu alteração. O mercado manteve a projeção de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) este ano em 4,8%. Para 2009, porém, a previsão foi reduzida para 3,9%, de 4% na semana anterior.

 

Contas externas

 

 

Em relação à balança comercial brasileira, o mercado elevou a projeção de superávit comercial este ano, de US$ 22,67 bilhões para US$ 22,78 bilhões. Com isso, a estimativa é de que a conta corrente (saldo de todas as transações do País com o exterior) encerre o ano deficitária em US$ 24 bilhões, mesma previsão da semana passada.

Para 2009, o mercado manteve a previsão de que a balança comercial encerre o ano que vem com um superávit de US$ 15 bilhões e fique com um déficit em conta corrente de US$ 31,5 bilhões, ante US$ 31,4 bilhões previstos na semana passada.

Investimentos

A previsão para o Investimento Estrangeiro Direito (IED) em 2008 subiu para US$ 34 bilhões, de US$ 33 bilhões, e de 2009 ficou em US$ 30 bilhões pela décima primeira vez seguida.

 

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