Mercado prevê inflação de 3,77% no ano

Rio (AE) – O mercado financeiro revisou mais uma vez para baixo a projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no fim deste ano, segundo aponta a pesquisa semanal Focus divulgada ontem, pelo Banco Central (BC). A mediana das projeções para o IPCA passou de 3,81% para 3,77%. Os profissionais de 100 instituições financeiras consultadas também alteraram a previsão para os preços administrados em 2006 (recuou de 4,50% para 4,40%). Porém a estimativa para a taxa básica de juros da economia (Selic) no final deste mês foi mantida em 14,75% ao ano, projetando um corte de 0,5 ponto porcentual na taxa atual.

De acordo com a pesquisa Focus, a expectativa de IPCA para 2007 manteve-se inalterada em 4,50%. Entre as instituições Top Five (as que mais acertam suas apostas) de médio prazo as apostas para 2006 e 2007 permaneceram respectivamente em 3,69% e 4,50% para o índice oficial de inflação. A estimativa para o IPCA nos próximos 12 meses, pelo critério suavizado, teve discreta redução de 4,41% para 4,39%. A expectativa para agosto também recuou, de 0,35% para 0,34%.

A expectativa do mercado financeiro para a taxa de juros, em agosto, foi mantida em 14,50% ao ano e, para o fim de 2006, inalterada em 14,25% anuais. A única mudança ocorreu nas apostas para a Selic média para este ano, que recuou de 15,38% para 15 34%. Para 2007, tanto a projeção para o fim de 2006 como para a média não sofreram alterações e ficaram em, respectivamente, 13% e 13,70% anuais.

Câmbio

A pesquisa Focus apontou, ainda, que as previsões para a taxa de câmbio no fim de julho permaneceu em R$ 2,20. Também não houve mudança na projeção de câmbio para o final de agosto (R$ 2,20). Para o fim de 2006 e o final de 2007, as medianas das projeções se mantiveram em, respectivamente, R$ 2,23 e R$ 2,35.

O mercado também não modificou suas estimativas para a relação dívida/PIB nos finais deste e do próximo ano em, respectivamente 50,50% e 49,20%. Ainda ficou inalterada a previsão para o crescimento da economia em 2006 ficou inalterada em 3,60%.

O levantamento apontou uma redução discreta nas expectativas para expansão da produção industrial em 2006, que passou de 4 21% para 4,17%. Não houve mudança em relação a 2007, cuja projeção é de alta de 4,50%.

As estimativas para o superávit na conta corrente do Balanço de Pagamentos e para o saldo positivo na balança comercial em 2006 não foram alteradas e continuaram em US$ 9 bilhões (superávit em conta corrente) e US$ 40 bilhões (balança comercial).

No setor externo, só houve mudança na projeção do mercado para o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED), que subiu de US$ 15 bilhões para US$ 15,40 bilhões. Em relação a 2007, o mercado elevou as apostas para o superávit em conta corrente, de US$ 4,00 bilhões para US$ 4,05 bilhões. A estimativa para a balança comercial no ano que vem continuou em US$ 35,64 bilhões e para o ingresso de IED manteve-se em US$ 16 bilhões.

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