O mercado financeiro projeta um resultado primário cada vez mais pessimista para o Governo Central em 2016, dessa vez, a expectativa para o ano é de que ele seja deficitário em R$ 70,751 bilhões, de acordo com pesquisa feita pelo Ministério da Fazenda com bancos, corretoras e consultorias. Na divulgação realizada no mês passado, a previsão era um pouco mais otimista e previa um déficit de R$ 68,230 bilhões.

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A mediana das previsões do relatório Prisma Fiscal está mais de R$ 90 bilhões abaixo do esperado pelo governo, que persegue uma meta de superávit primário de R$ 24 bilhões para o governo central neste ano. Na primeira edição do relatório, divulgado em dezembro, a expectativa para 2016 era de um déficit de R$ 53,078 bilhões.

Para fevereiro deste ano, a previsão é de um deficitário de R$ 8,855 bilhões. Para 2017, é esperado um déficit primário de R$ 42,084 bilhões. A projeção para o ano que vem também piorou. No último relatório, a expectativa era de que o próximo ano fechasse negativo em R$ 30,871 bilhões.

A previsão é que a dívida bruta encerre 2016 em 73,99% do PIB, ligeiramente abaixo do que esperavam os analistas no mês passado, quando a previsão era de 74% do PIB. O mercado projeta ainda uma arrecadação de tributos federais de R$ 1,294 trilhão em 2016. A receita líquida do governo central deve fechar 2016 em R$ 1,11 trilhão e a despesa, em R$ 1,181 trilhão.

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A arrecadação de tributos federais deve somar R$ 93,853 bilhões em fevereiro, a receita líquida, R$ 72,880 bilhões, e a despesa líquida, R$ 82,498 bilhões.

O relatório fez projeções para os próximos dois meses. Em março, o resultado primário deve ser deficitário em R$ 1,632 bilhão. A arrecadação deve somar R$ 98,325 bilhões, a receita líquida, R$ 86,249 bilhões, e a despesa líquida, R$ 87,833 bilhões.

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O resultado primário de abril deve ser superavitário em R$ 6,812 bilhões. A arrecadação deve chegar a R$ 116,634 bilhões, a receita líquida, R$ 101,958 bilhões, e a despesa líquida, R$ 94,648 bilhões.

É o terceiro mês que o Prisma Fiscal é divulgado. O relatório divulgado nesta sexta-feira, 19, foi feito a partir de pesquisa do Ministério da Fazenda com instituições financeiras em janeiro.