Mercado prevê corte de um ponto na Selic

A maioria dos analistas de mercado aposta que o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) reduzirá os juros em apenas 1 ponto percentual, para 16,5% ao ano, na reunião que começa hoje e termina amanhã. No entanto, as cinco instituições que mais acertam as previsões já apostam em um corte maior. Segundo o relatório semanal de mercado divulgado pelo BC, as instituições ?Top 5? prevêem juros de 16,09% ao final do ano. Ou seja, apostam majoritariamente que os juros caem 1,5 ponto, para 16% ao ano.
 
O relatório do BC mostra ainda que as instituições financeiras prevêem que o dólar deve fechar este ano abaixo dos R$ 3. Segundo o documento, o mercado espera que a moeda norte-americana termine dezembro vendida a R$ 2,98. A previsão anterior era de R$ 3.

Os analistas também reduziram a previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas por um país) de 0,25% para 0,20%. Para 2004, a estimativa permanece de alta de 3,50%.

Inflação

As previsões de inflação, por sua vez, ficaram praticamente inalteradas. A estimativa para o IPCA (índice que serve como base para o cálculo das metas de inflação) dos próximos 12 meses subiu de 5,88% para 5,89%, mas a projeção para o IPCA de 2003 recuou de 9,18% para 9,17%. O IPCA de dezembro ficou estável em 0,40% e o de janeiro, inalterado em 0,60%.

Balança

A balança comercial brasileira teve superávit de US$ 600 milhões na segunda semana de dezembro (entre os dias 8 e 14). Com isso, o saldo do ano superou US$ 23 bilhões e encostou na meta fixada pelo governo. O superávit de US$ 600 milhões da semana passada foi conseguido com exportações de US$ 1,650 bilhão e importações de US$ 1,050 bilhão. Em dezembro, o saldo da balança já alcança US$ 1,297 bilhão e, no ano, US$ 23,375 bilhões.

Após diversas revisões no decorrer dos últimos meses, o Banco Central espera que em 2003 o País produza um superávit de US$ 23,5 bilhões. Já a previsão mais recente do mercado aponta para um superávit de US$ 23,75 bilhões. Não está descartado, entretanto, um saldo superior a US$ 24 bilhões.

Dezembro

A queda das importações tem ajudado na composição do superávit. Pela média diária, o Brasil importou US$ 199 milhões em dezembro, um número 6,3% menor do que no mês passado.

Apesar de cooperar para a formação de um superávit mais expressivo, importações menores também mostram que a indústria e o comércio estão reduzindo suas compras externas, o que pode ser sinal de desaquecimento da economia.

Já as exportações continuam em alta. Em dezembro, o Brasil vendeu ao exterior uma média diária de US$ 328,7 milhões em produtos e serviços. O número é 9,9% superior ao do mês passado.

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