O Banco Central conseguiu recuperar a confiança do mercado financeiro de que conseguirá colocar a inflação no centro da meta não apenas em 2017, como vem enfatizando a autoridade monetária, mas também em 2018. De acordo com a abertura do Relatório de Mercado Focus, o IPCA encerrará 2018 em 4,50% – este patamar só foi verificado antes de junho a setembro do ano passado. Em todas as demais datas, a mediana das projeções estava mais elevada.

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No mês passado, o Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu que o Banco Central teria de perseguir, também em 2018, uma meta de 4,50%. Assim como já está estipulado para 2017, as margens de tolerância que a autoridade monetária terá de respeitar também estão menores, de 1,5 ponto porcentual para cada lado.

Até a semana passada, a mediana das estimativas do mercado estava em 4,60% para o indicador de 2018. A redução agora segue a tendência de baixa também já vista para os anos anteriores (2016 e, principalmente, 2017). Para 2019 e 2020, as expectativas já estão ancoradas em 4,50% desde maio passado, ainda que não haja ainda definição do objetivo a ser perseguido pelo BC no período.

Essa melhora das projeções do mercado financeiro não se restringe à pesquisa geral. Também na elite dos profissionais consultados semanalmente pelo BC (Top 5 de médio prazo) foi vista uma redução das projeções para a inflação de prazo mais longo. Para 2018, a mediana voltou a bater em 4,50%, nível em que já se encontrava há 15 dias, após ter ficado em 4,53% na semana passada.

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