Mercado mantém previsão da Selic em 9,5% este ano

Na primeira divulgação da projeção do mercado financeiro para a taxa básica de juros brasileira, a Selic, após a reunião de abril do Comitê de Política Monetária (Copom) – que reduziu o juro básico em um ponto porcentual para 10,25% ao ano – foi mantida a expectativa de que o Banco Central deve reduzir a Selic em mais um ponto porcentual até o fim deste ano.

Segundo a pesquisa Focus, divulgada esta manhã pelo BC, o juro básico brasileiro deve cair mais 0,75 ponto porcentual na reunião do Copom em junho, para 9,50% ao ano, e depois mais 0,25 ponto porcentual no encontro de julho, para 9,25% ao ano. Este nível seria mantido até o fim de 2009, segundo a mediana das projeções de aproximadamente 80 instituições financeiras. Os números são idênticos aos observados há uma semana, portanto, antes da decisão do Copom.

Para 2010, analistas esperam início de um aperto monetário, com a elevação da taxa em 0,25 ponto porcentual até dezembro do ano que vem, o que levaria a Selic para 9,50% anuais. Esta projeção também era indicada na semana passada.

Inflação

O mercado financeiro não alterou a previsão para o indicador oficial de inflação do País este ano. Segundo a pesquisa Focus, a mediana das estimativas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2009 permaneceu em 4,30%. Para 2010, após quatro quedas seguidas, a estimativa subiu de 4,30% para 4,32%.

Em ambos os casos, a previsão do mercado permanece abaixo do centro da meta de inflação para 2009 e 2010, de 4,5%, conforme determinação do Conselho Monetário Nacional (CMN). A margem de tolerância para ambos os períodos é de dois pontos porcentuais, para baixo ou para cima.

PIB

Pela segunda semana consecutiva, o mercado financeiro melhorou as previsões para o comportamento da economia brasileira este ano. Segundo a pesquisa divulgado hoje pelo BC, a estimativa de retração do Produto Interno Bruto (PIB) em 2009 foi novamente atenuada, de uma queda de 0,39% para uma retração de 0,30%. Para 2010, a previsão de crescimento foi mantida em 3,50% pela nona semana consecutiva.

No mesmo levantamento, a estimativa de retração do setor industrial em 2009 também teve melhora, de uma diminuição da atividade de 4% para uma queda de 3,84%. Para 2010, a mediana das previsões sinaliza crescimento de 4% pela 11ª semana seguida.

 

Câmbio

Analistas cortaram a previsão para o nível do dólar em relação ao real no fim deste ano. A previsão para a cotação da moeda norte-americana no fim de 2009 caiu de R$ 2,25 para R$ 2,20. Para o fim de 2010, a previsão caiu de R$ 2,27 para R$ 2,25.

Contas externas

Pela sexta semana consecutiva, analistas melhoraram a previsão para o déficit em conta corrente (saldo de todas as transações do País com o exterior) em 2009, segundo a pesquisa Focus. No levantamento, a mediana das previsões diminuiu de US$ 19,5 bilhões para US$ 19 bilhões. Para 2010, a previsão de déficit caiu de US$ 23,55 bilhões para US$ 22,5 bilhões. A previsão para o próximo ano teve a terceira melhora seguida.

Ainda segundo o levantamento, a previsão de superávit comercial em 2009 subiu de US$ 16 bilhões para US$ 17 bilhões. Para 2010, a estimativa de saldo comercial foi mantida em US$ 15 bilhões.

 

Analistas não alteraram a estimativa de ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) em 2009, que permanece em US$ 22 bilhões pela sétima semana seguida. Para 2010, a estimativa de entrada do capital externo produtivo seguiu em US$ 25 bilhões, número repetido há 23 pesquisas.

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