Mais otimistas quanto ao crescimento da produção industrial, que deve chegar a 6,09% neste ano, de acordo com o Boletim Focus distribuído ontem pelo Banco Central, os analistas e consultores de mercado ouvidos em pesquisa na última sexta-feira também elevaram a expectativa quanto ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas do País. A projeção, que evoluiu de 3,65% há um mês para 3,92% na semana passada, agora sobe para 3,97%. O mercado mantém, porém, a perspectiva de 3,5% para o PIB em 2005.

Enquanto aumenta a confiança do mercado na recuperação continuada da economia, com aumento dos saldos da balança comercial para US$ 30,10 bilhões e de contas correntes para US$ 7 bilhões, a evolução dos preços aos consumidores dá sinais cada vez mais fortes de resistência. O mercado inclusive descarta a possibilidade de novas reduções, neste ano, da taxa básica de juros (Selic), que deve permanecer nos atuais 16% anuais. Para a taxa de câmbio, a projeção é mantida em R$ 3,10 no final do período.

A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que na semana passada havia recuado um pouco, na comparação com a semana anterior, volta a repicar de 7,16% para 7,19%. Para este mês, a projeção do mercado é de manutenção nos 0,60% previstos anteriormente, com pequena evolução em setembro, de 0,55% para 0,56%. Para a inflação acumulada nos próximos 12 meses, a expectativa subiu de 6,18% para 6,25%, mantido o prognóstico de 5,50% em 2005.

Em relação ao Índice de Preços ao Consumidor medido pela Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (IPC-Fipe), a evolução na semana é de 6,40% para 6,42%, em parte resultante do aumento na projeção para os preços administrados (combustíveis, energia, telefonia e outros), de 8,28% para 8,39%.

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