O freio da atividade econômica brasileira, que afetou o setor industrial, automotivo e de construção civil, rompeu com a trajetória de melhora de margens de rentabilidade das siderúrgicas brasileiras. O mercado doméstico parou de mostrar força e a demanda por aço tem se mantido enfraquecida, o que provocou queda brusca dos resultados das usinas.

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Se não bastasse o mercado, a forte variação cambial marcou a dívida em dólar das companhias, levando a perda financeira que reduziu ainda mais os ganhos. Além disso, como as empresas têm áreas focadas em mineração, o preço deprimido do minério de ferro também contribuiu para apertar margens.

A Usiminas, após permanecer um ano no azul, voltou a apresentar prejuízo no terceiro trimestre deste ano, de R$ 24,4 milhões, revertendo resultado positivo de R$ 114,608 milhões do mesmo trimestre de 2013. As vendas de aço da siderúrgica mineira somaram 1,4 milhão de toneladas entre julho e setembro de 2014, recuo de 10,5% sobre o resultado do mesmo período do ano passado.

O mix de vendas deixa clara a fraqueza do mercado interno. O Brasil foi destino das vendas de 76% do total comercializado pela Usiminas. Para se ter uma ideia, um ano antes a fatia era de 93%. A venda interna traz mais rentabilidade. Ao optarem pela exportação, as empresas querem evitar o acúmulo de estoques, que pode trazer efeito negativo para os preços.

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Paralisação

A Usiminas descartou a possibilidade de paralisar um de seus altos-fornos como alternativa ao enfraquecimento da demanda. Esse, aliás, foi o caminho trilhado na crise de 2009, momento em que as siderúrgicas optaram por suspender parte da produção.

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“Nossos esforços recaem sobre a busca de eficiência, qualidade e aumento de volumes”, afirmou o presidente da companhia, Rômel Erwin, executivo que desde o fim de setembro está à frente da siderúrgica. Ele assumiu o cargo depois da destituição de Julián Eguren, fruto da disputa societária que afeta a companhia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.