Brasília

  – O mercado financeiro não se empolgou com a situação econômica, apesar da possibilidade de o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reduzir as taxas de juros nas próximas semanas. As projeções econômicas coletadas semanalmente pelo Banco Central com um grupo de 100 instituições financeiras e empresas de consultoria mostram o mesmo ceticismo em relação à inflação, ao crescimento da econômia e agora, ao câmbio.

As projeções de mercado para o IPCA em 2002 aumentaram na média de 6,27% para 6,43% e as estimativas para 2003 subiram de 4,50% para 4,80%. Para o mercado, o IPCA de agosto será de 0 61%, contra o 0,58% previsto na semana passada. As estimativas para setembro mudaram de 0,35% para 0,38%.

As estimativas do crescimento do PIB em 2002 recuaram de 1,70% para 1,50% e para 2003 caíram de 3,25% para 3%. Pela primeira vez em várias semanas, as projeções de mercado para a taxa de câmbio no fim de 2002 subiram de R$ 2,70 para R$ 2,80 e as estimativas de taxa de câmbio para o fim de 2003 passaram de R$ 2,80 para R$ 2,90.

Apesar disso, as estimativas para a taxa Selic no final de 2002 e 2003 ficaram estáveis, segundo a sondagem, em 17% e 15%, respectivamente. As projeções de mercado para o investimento direto em 2003 recuaram, na média, de US$ 17,55 bilhões para US$ 17 bilhões. As estimativas de investimento direto para 2002 se mantiveram nos mesmos US$ 17 bilhões do levantamento anterior.

Superávit

Por outro lado, as expectativas do mercado em relação ao superávit da balança comercial em 2002 subiram de US$ 5,96 bilhões para US$ 6 bilhões. Para 2003 também foram elevadas de US$ 6,5 bilhões para US$ 7,2 bilhões. Com isso, as projeções de mercado para o déficit em transações correntes em 2002 recuaram, na média, de US$ 19,5 bilhões para US$ 19 bilhões. As estimativas para 2003 também foram revisadas de US$ 19 bilhões para US$ 18,5 bilhões.

As projeções de mercado para o déficit nominal sem câmbio do setor público, em 2003, aumentaram de 3% do PIB para 3,23% do PIB. Para 2002, as projeções ficaram estáveis em 3,60% do PIB. As estimativas de superávit primário para 2002 e 2003 também ficaram estáveis em 3,75% do PIB para os dois anos.

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