O mercado financeiro amenizou um pouco mais a projeção de redução da taxa básica de juros Selic no próximo ano, gerando impactos nas estimativas feitas até para o início de 2017. A expectativa de que o primeiro corte ocorrerá em julho do ano que vem foi mantida, mas diminuiu a intensidade da redução de 13,75% para 14,00% ao ano.

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Atualmente, a taxa básica de juros está em 14,25% ao ano e a expectativa unânime do mercado, de acordo com analistas consultados pelo AE Projeções, é de manutenção da taxa na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) desta quarta-feira (21).

Para setembro de 2016, quando se esperava até a semana passada que a Selic estaria em 13,50%, a nova projeção agora é de 13,63% ao ano, o que denota uma divisão entre os economistas sobre uma taxa de 13,50% ou de 13,75% aa. Para outubro, o consenso agora é de que o juro estará em 13,25% ante nível anterior de 13%. Já para dezembro, a taxa de 12,63% foi substituída pela de 12,75% ao ano.

Esse conservadorismo maior em relação aos juros ao longo do ano que vem acabou gerando reflexos nas previsões para o início de 2017 também. O calendário de reuniões do Copom para aquele ano ainda não foi definido, por isso há expectativas para os meses em sequência.

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Para janeiro, no lugar de uma taxa de 12,25% se encontra agora uma de 12,50%. Para fevereiro, a previsão de 12,00% deu lugar a de 12,25% e, para março, a de 11,75% foi substituída por 12,00%.

IPCA

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O grupo das instituições que mais acertam as projeções para a inflação no médio prazo elevou a mediana das previsões para o IPCA de 2018 e 2019. Segundo a abertura do Relatório de Mercado Focus, o Top 5 prevê agora que a inflação de 2018 seja de 6,00%, e não mais de 5,80% como constava da edição passada.

Da mesma forma, o grupo apresentou um incremento das expectativas para o IPCA de 2019, que deve fechar o ano em 5,50%, e não mais em 5,35% como esperava antes.

Para 2017, a elite dos economistas que participam do levantamento do Banco Central não alterou sua projeção de 5,80% para esse ano. O Conselho Monetário Nacional (CMN) manteve a meta a ser perseguida pelo BC nesse ano em 4,50%, mas reduziu a banda de tolerância de 2 pontos porcentuais para baixo ou para cima para 1,5 pp. Dessa forma, o piso ficaria em 3% e o teto, em 6%.

Na pesquisa geral, também pela abertura da Focus, não houve alterações das projeções medianas em relação à pesquisa da semana passada. O mercado financeiro projeta que o IPCA encerrará 2017 em 5,00%; 2018 em 4,70% e 2019, em 4,50%.