Mercado de seguros deve crescer menos este ano

O mercado de seguros deve crescer menos este ano, na comparação com o ano passado. A previsão é de João Gilberto Possiede, reeleito presidente do Sindicato das Empresas de Seguros Privados e Capitalização no Estado do Paraná e presidente da J. Malucelli Seguradora. No ano passado, o crescimento foi de 23% no mercado paranaense.

?O crescimento este ano não deve chegar a 20%. O seguro sofre efeitos diretos da economia?, apontou Possiede. ?Se a economia cresce, há maior produção de bens, maior volume de instalações, empreendimentos, e isso demanda seguro. Por outro lado, se a economia anda a passos lentos, o efeito vem em seguida não apenas na atividade de seguros mas em todas as demais.?

Conforme dados do sindicato, as seguradoras paranaenses terminaram o ano de 2004 registrando uma arrecadação de R$ 2,371 bilhões na comercialização de prêmios, com um crescimento de 23% em relação a 2003, quando foi apurado R$ 1,927 bilhão, sem contar o seguro saúde. No ano passado, as indenizações pagas no Paraná somaram R$ 1 bilhão. Em quantidade, foram 6,5 milhões de contratos de seguros (apólices) fechados em 2004. No Paraná, o setor gera cerca de 11 mil empregos diretos e indiretos.

Em nível nacional, o setor de seguros movimentou R$ 45,017 bilhões – 20,6% a mais do que o ano anterior, quando o valor arrecadado foi de R$ 37,326 bilhões. No ano passado, o mercado segurador devolveu à sociedade na forma de sinistros pagos o montante de R$ 19,3 bilhões.

Já este ano, de janeiro a abril, o setor arrecadou em nível nacional R$ 15,279 bilhões – crescimento de 8,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Os sinistros pagos somaram R$ 6,971 bilhões. Nos primeiros quatro meses do ano, o seguro saúde movimentou R$ 2,379 bilhões; o de vida, R$ 1,062 bilhão e o de automóveis, R$ 2,436 bilhões. O maior percentual de indenizações pagas é o de seguro saúde, com coeficiente de sinistralidade de 80,15%.

Apostador

De acordo com o presidente do sindicato, o brasileiro é ?um grande apostador?. ?Tanto é que existem inúmeras loterias?, comentou. Segundo ele, no País ainda não há cultura de assegurar bens. ?O povo brasileiro tem que pensar que seguro não é um custo, despesa, mas uma maneira de ter o patrimônio protegido?, afirmou. ?O brasileiro acha que pode deixar de gastar com seguros, bancando o risco.?

Segundo Possiede, outro obstáculo é o fato de o seguro não ter boa imagem. ?Quando a pessoa tem uma perda, reclama por ser questionado a apresentar os documentos comprobatórios de procedência. Ele fica contrariado, para não dizer revoltado, com tais exigências?, afirmou. ?Mas as companhias precisam se livrar das fraudes?, justificou. A estimativa, segundo Possiede, é que aproximadamente 20% dos sinistros sejam indevidos, ou seja, fraudes.

Posse

Reeleito no último dia 30 para a presidência do Sindicato das Empresas de Seguros Privados e Capitalização no Estado do Paraná, João Gilberto Possiede estará tomando posse amanhã. É a quinta gestão consecutiva do executivo, que exercerá o mandato até 2008 à frente do sindicato paranaense.

A solenidade acontece no Grand Hotel Rayon, em Curitiba, a partir das 19h. Entre os convidados estarão presentes o superintendente da Susep, René Garcia, e o presidente da Fenaseg, João Elísio Ferraz de Campos.

Atualmente, o sindicato possui 28 empresas filiadas e o Estado é o quarto maior mercado de seguros no Brasil. 

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