O interesse dos investidores pelo mercado de ouro tem crescido neste ano, mas em relação aos anos anteriores o mercado está extremamente enfraquecido. Números da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) mostram que em setembro foram fechados 474 contratos, totalizando US$ 1,195 milhão. No início do ano, em janeiro, o total de contratos foi de 115 e o volume de negócios, de US$ 274 mil. Julho foi o mês com o maior volume de negócios, de US$ 1,479 milhão, correspondendo a 569 contratos.
Porém, em relação a anos anteriores, os números são inexpressivos. Neste ano, até setembro, foram negociados 62,2 quilos de ouro, correspondendo a US$ 633 mil, resultado acima dos números de 2001, quando o volume de negócios foi de US$ 388 mil, referentes a 43,7 quilos de ouro. Mas há dez anos o volume de negócios era bem superior. Em 1992, o total de ouro comercializado pela BM&F foi de 9.710 quilos, o que correspondia a US$ 113,548 milhões – nível mais elevado desde 1986.
Em períodos de incerteza, o ouro é visto como um ativo seguro e, por isso, acaba atraindo mais investidores, como aconteceu neste ano. Porém, com o amadurecimento do perfil do investidor, outras opções de aplicação com essa característica de reserva de valor passaram a ser mais utilizadas. Nos últimos meses, analistas têm apontado o setor de imóveis como um dos segmentos mais procurados por investidores que buscam ativos reais.