A quantidade de carros semi-novos e usados vendidos no Paraná em janeiro de 2008 diminuiu 12,81% com relação a dezembro do ano passado, conforme dados da Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
Em contrapartida, os dados de janeiro de 2007 e de janeiro deste ano apontam para um mercado promissor: segundo a Federação, a comparação destes dois meses revelou um aumento de 29,54% nas vendas. Em dezembro de 2007, foram emplacados no estado 16.577 carros, contra 14.454 em janeiro deste ano.
Já em janeiro do ano passado, foram emplacados 11.158 veículos. Os dados mostram que o mercado de semi-novos e usados oscila e que, apesar da tentação e da facilidade na compra de um veículo novo, ambos têm sua fatia na preferência do consumidor.
Todo início de ano é a mesma situação. As pessoas têm várias contas para pagar (IPTU, IPVA, material e mensalidade escolar, dívidas do carnaval) e acabam ficando ?no vermelho?. Este quadro tem sido, segundo os revendedores de carros usados e semi-novos, o grande motivador da queda nas vendas neste período.
?Sentimos uma melhora depois da primeira quinzena de fevereiro. No ano passado, como o carnaval foi em março, a melhora demorou ainda mais?, diz o proprietário da Nelson Automóveis, Nélson Pangracio Júnior. Ele lembra que no final do ano as montadoras lançam modelos e aliam isso às taxas de juros atraentes, o que aumenta a procura dos veículos novos e, consequentemente, os revendedores de usados ficam em segundo plano.
Já o diretor de relações públicas da Associação dos Revendores de Veículos Automotores do Estado do Paraná (Assovepar) e também proprietário da revendedora Exclusiva, Antônio Gilberto Deggerone, diz que o mercado está crescendo e prova disso é o aumento de 29,54% de janeiro do ano passado para janeiro desse ano. Para ele, a redução na taxa de juros de financiamento dos usados e semi-novos (de 1,89% para 1,59%) atraiu e fez as vendas dispararem.
?A estabilidade da economia contribuiu para essa melhora?, comenta. Com relação ao início de ano difícil para as revendas, Deggerone compartilha da opinião de Pangracio. ?Este problema é sazonal?, afirma. Pangracio diz ainda que a facilidade de crédito para o usado cresceu do ano passado para cá. ?Hoje o consumidor pode financiar um semi-novo em até 72 vezes, o que não acontecia ano passado?, comenta.
