O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, afirmou nesta segunda-feira, 28, que, apesar de o ano de 2019 ter sido “extremamente difícil” para o mercado da aviação, a previsão é de que ele cresça entre 2% e 3% em relação ao ano passado. Para Tarcísio, isso aponta para um mercado brasileiro “resiliente”.

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“Tivemos um ano extremamente difícil, com a saída da Avianca, com problemas do (Boeing) 737 MAX, com problema de oferta, concentração de mercado, e mesmo assim em 2019 o mercado vai crescer 2%, 3% em relação a 2018. Isso mostra que temos mercado extremamente resiliente”, disse o ministro durante evento em Brasília.

Freitas afirmou que a “meta é superar 200 milhões” de passageiros, com atendimento em 200 localidades.

O ministro relacionou o crescimento do setor com melhorias na economia brasileira, que, para o ele, já dá sinais de melhora. Com vistas nesse cenário, acredita que o Brasil poderá ter um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) PIB na ordem de 2,5% e 2,6% para o ano que vem. “Agora nós devemos bater ano que vem 2,5% 2,6%”, disse.

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Para Freitas, se não fossem alguns eventos, como os choques de retração na economia mundial, na Argentina, e a tragédia de Brumadinho, o crescimento em 2019 poderia bater entre 1,6% e 1,7%. “Vamos chegar provavelmente no fim do ano com praticamente 1% de crescimento, poderíamos chegar mais se não fossem alguns eventos, choques na retração da economia mundial, argentino, Brumadinho”, disse.

Meta de passageiros

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O ministro da Infraestrutura afirmou ainda que o governo pretende alcançar, em 2025, a meta de 200 milhões de passageiros utilizando o transporte aéreo, abrangendo 200 localidades. “Hoje a gente atende 140 localidades e 120 milhões de passageiros. Nossa ideia é chegar em 2025 nesses números com investimentos que estão sendo prestados agora”, disse.

Para o ministro, esses números serão alcançados através do programa de concessão em vigor, pelo qual o governo quer transferir todos os aeroportos hoje operados pela Infraero. A empresa ainda opera 44 aeroportos depois da 5ª rodada de concessão.

“E a gente aproveita o recurso que ingressa por meio dessas concessões para fazer investimentos na aviação regional”, disse Tarcísio, destacando aeroportos no interior da Amazônia, do Nordeste, de Minas Gerais, do Centro-Oeste e Sul do País. “São aeroportos que vão se integrar com esses aeroportos que serão concedidos, a gente vai dando mais conectividade ao País, dando as condições para que a gente possa ter mais rotas”, comentou o ministro.

Sobre o número de aeroportos que serão concedidos na sétima e última rodada de concessão de aeroportos, programada para 2022, o secretário Nacional de Aviação Nacional, Ronei Glanzmann, voltou a dizer que o dado ainda está sendo fechado. Isso ocorre em função de eventuais transferências de pequenos aeroportos para Estados e municípios.

“Existe algumas conversas com Estados e municípios acerca de pequenos aeroportos que podem ser delegados ao longo de 2020 para Estados e municípios. Trabalhamos número provisório de 19 aeroportos para a sétima rodada. Não há nenhuma alteração para os grandes aeroportos”, disse Glanzmann.

Estrangeiras

O secretário nacional de Aviação Nacional e o ministro da Infraestrutura também destacaram que há empresas estrangeiras interessadas em operar no Brasil e que tratativas estão ocorrendo. “Vocês devem ter observado recentemente novas empresas começando a fazer voos internacionais. Esse é um primeiro passo para que no passo seguinte essas empresas se estabeleçam no mercado nacional”, disse Tarcísio.

Glanzmann lembrou que o grupo Globalia já assinou contrato de concessão com a Anac para a operação de empresa brasileira voando domesticamente no Brasil. A operação deve começar no próximo ano, disse o secretário. “Temos sinalizado já a vinda de uma empresa espanhola, do grupo Globalia, que já tem contrato de concessão assinado com Anac e deve começar a operar no Brasil no próximo ano”, disse.