Foto: Arquivo/O Estado |
Inflação deve cair novamente. continua após a publicidade |
A expectativa de inflação para este ano caiu mais um pouco, de acordo com previsões de uma centena de analistas de mercado e de instituições financeiras consultados pelo Banco Central na última sexta-feira. A pesquisa semanal, que dá origem ao boletim Focus, divulgado ontem, aposta em inflação de 4,36%, contra previsão de 4,42% na semana anterior.
É a quinta semana seguida em que os economistas do setor privado puxam a estimativa de inflação para baixo. Com isso, o prognóstico para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve de parâmetro para as correções oficiais, está cada semana menor em relação à meta de 4,5%, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
A principal alteração apontada no boletim Focus desta semana se refere ao IPCA de abril, que deve ficar em torno de 0,25%, e não mais os 0,30% previstos anteriormente. Mas o número final só será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no próximo dia 10, quarta-feira da semana que vem. O mesmo patamar de inflação deve se repetir neste mês, de modo a que a projeção de IPCA para os próximos 12 meses caia dos 4,20% da semana passada para 4,13%.
A expectativa de inflação também cai no comércio paulista, onde o Índice de Preços ao Consumidor, medido pela Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (IPC-Fipe), teve reduzida a previsão de 3,96% para 3,74%. Isso foi reflexo direto das constantes quedas das previsões de inflação no atacado, há 12 semanas, de modo a projetar quedas de 2,72% para 2,64% do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) e de 3% para 2,87% do índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M).
Embora esteja em linha com a meta anual de inflação, o reajuste acumulado dos preços administrados por contrato ou monitorados (combustíveis, energia elétrica, telefonia, água, educação, medicamentos e outros) resiste no patamar de 4,50% neste ano. Mas, a projeção anterior de preços administrados para 2007, que era de 4,25%, subiu para 4,45%.