O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Aloizio Mercadante (PT), afirmou que os bancos precisam trabalhar para reduzir as tarifas bancárias, senão o governo e o Congresso vão agir nesse sentido. "Se a auto-regulação não levar à queda de tarifas, o governo e o Congresso terão de tomar uma atitude", disse, lembrando que há um elevado grau de concentração bancária no Brasil. Para Mercadante, os bancos podem reduzir as tarifas e elevar o crédito.
O presidente da Federação Brasileiros de Bancos (Febraban), Fabio Barbosa, afirmou que antes os bancos atendiam a poucos clientes e, hoje, atendem 104 milhões de pessoas. Isso, segundo ele, só foi possível porque houve uma redução significativa de custos para as pessoas. "Mas ainda há muito o que se fazer. Podemos melhorar a governança e a transparência, permitindo que os clientes comparem as tarifas, estimulando a concorrência", afirmou, sem se comprometer com eventuais reduções dessas tarifas.
O presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras, Gabriel Jorge Ferreira, destacou que os bancos convivem com alguns fatores que sobrecarregam seus custos. O primeiro que ele mencionou foi a segurança. Segundo ele, se houvesse maior policiamento nas áreas onde há bancos, o custo de segurança seria bem menor. Outros dois fatores mencionados por ele que elevam os custos das instituições financeiras foram a burocratização em excesso exigida pelo governo e o seguro de garantia de crédito (FGC) que, segundo ele, é muito elevado para um sistema financeiro sólido, que tem mecanismos eficientes de gestão de risco.