A ata da mais recente reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) cita que os diretores da instituição querem “manter maior grau de liberdade” em relação às próximas decisões do grupo. Nesse debate, os diretores do Banco Central reconheceram que a condição fundamental para as próximas decisões é que as ações sejam compatíveis com a inflação na meta no horizonte relevante. O texto cita ainda que o grupo avaliou “efeitos defasados que a política monetária pode ter sobre a inflação para o ano-calendário de 2018”.

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O parágrafo 21 da ata traz uma avaliação ampla sobre as premissas que influenciam a política monetária. “Os membros do Comitê debateram os próximos passos e manifestaram preferência por manter maior grau de liberdade quanto às decisões futuras”, cita o texto, ao lembrar que as decisões do colegiado levam em conta a evolução do cenário econômico e dos fatores de riscos.

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Nesse debate, os membros do grupo “enfatizaram, de início, a condição fundamental de que qualquer decisão futura seja compatível com manutenção das projeções de inflação na meta nos horizontes relevantes para a condução da política monetária e com ancoragem das expectativas de inflação”.

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Os diretores da autoridade monetária debateram sobre como a política monetária “contribuiria para o processo de estabilização e posterior retomada da atividade econômica”. Por outro lado, os membros do BC destacaram que “os efeitos defasados que a política monetária pode ter sobre a inflação para o ano-calendário de 2018”.

Para 2018, as previsões para a inflação “encontram-se em torno da meta de 4,5%”. O número no centro da atual meta é visto tanto nas projeções apuradas pela pesquisa Focus, quanto na estimativa do cenário de mercado.

Reformas

O Copom voltou a destacar a evolução das reformas e o impacto na taxa neutra da economia brasileira na ata da mais recente reunião do grupo que reduziu o juro para 12,25% na semana passada. Nesse tema, o colegiado reafirma a importância das reformas que permitirão dar sustentabilidade às contas públicas e ainda aumentar o investimento e melhorar a produtividade no País.

Ao avaliar o processo de andamento das reformas “notadamente as de natureza fiscal”, o texto cita que esses “ajustes na economia brasileira são fundamentais para a sustentabilidade da desinflação e para a redução de sua taxa de juros estrutural”. A avaliação consta no parágrafo 23 do documento divulgado na manhã desta quinta-feira. O juro neutro tem sido citado como uma das variáveis importantes para a evolução futura da política monetária.

No parágrafo 24, os membros do Copom destacaram ainda a “importância de outras reformas e investimentos em infraestrutura que visam aumento de produtividade, ganhos de eficiência, maior flexibilidade da economia e melhoria do ambiente de negócios”. “Esses esforços são fundamentais para a estabilização e a retomada da atividade econômica e da trajetória de desenvolvimento da economia brasileira”, cita o texto.