O Banco Central reafirmou nesta terça-feira, 14, por meio da ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), que “cautela, serenidade e perseverança” nas decisões sobre juros, “inclusive diante de cenários voláteis, têm sido úteis na perseguição de seu objetivo precípuo de manter a trajetória de inflação em direção às metas”. O colegiado decidiu, porém, excluir essa mensagem na comunicação da próxima reunião, marcada para os dias 18 e 19 de junho.

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O trecho da ata de desta terça retoma uma ideia que já aparecia no comunicado da semana passada do Copom, quando a Selic (a taxa básica de juros) foi mantida em 6,50% ao ano pela nona vez consecutiva.

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A primeira vez que o BC citou estes três fatores como referência para a tomada de decisão foi na ata de dezembro do Copom.

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O destaque dado a estes conceitos desde dezembro ocorre em meio ao surgimento de percepção, em parte do mercado financeiro, de que o BC poderia iniciar um ciclo de novos cortes da Selic – e não de elevação. Isso porque a atividade econômica segue fraca, enquanto os índices de inflação estão controlados.

Porém, ao citar “cautela, serenidade e perseverança” nas decisões, o BC manteve a sinalização de que será criterioso ao iniciar um novo ciclo, para um lado ou para outro.

Agora, o BC avaliou que essa “questão principiológica” já deveria estar bem assimilada pelo mercado. Por isso, os membros do colegiado concordaram em excluir essa mensagem a partir da próxima reunião. “Isso não deve ser interpretado como mudança na forma de condução da política monetária”, enfatizou o documento.