O ministro do Petróleo de Angola, José de Vasconcelos, afirmou que seu país defende a extensão dos cortes na produção da commodity, contanto que todos os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) adotem a mesma medida. Trata-se do primeiro membro do cartel a se posicionar publicamente a favor de se estender o acordo de redução na oferta para além do prazo do fim do primeiro trimestre de 2018, hoje previsto.
“É melhor cortar o nível da produção e fazer o preço do petróleo subir do que produzir a um nível máximo e vender a preços baixos”, afirmou ele.
Angola, que depende da receita com petróleo para quase 50% da receita do governo, sofre com os três anos recentes de fraqueza dos preços. O setor de construção está paralisado, a inflação atingiu 40% e o Fundo Monetário Internacional (FMI) espera que o país cresça apenas 1,3% neste ano, após ficar estagnado em 2016.
Após anos de contar com os preços do petróleo a mais de US$ 100 o barril para equilibrar seu orçamento, Angola agora planeja um preço de US$ 46 o barril em seu orçamento, disse Vasconcelos. “Qualquer coisa acima de US$ 50 é muito importante para nós”, comentou.
Vasconcelos afirmou que os dias de petróleo a US$ 100 o barril estão provavelmente no passado. “Se olharmos para a realidade hoje, isso seria muito difícil”, disse. Fonte: Dow Jones Newswires.