Melhora satisfação dos consumidores de energia

Brasília – Os consumidores de energia estão “razoavelmente satisfeitos” com os serviços prestados pelas distribuidoras. É o que mostra a terceira pesquisa anual realizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para medir o índice de satisfação do consumidor com os serviços prestados no setor. Apesar da melhora nos índices, o diretor-geral da agência, José Mário Abdo, no entanto, acredita que esse serviço pode ser melhorado.

O levantamento serve de base para definição do Índice Aneel de Satisfação do Consumidor (IASC), que mede o desempenho das empresas a partir da avaliação dos consumidores. O IASC de 2002, numa escala de 0 a 100, ficou em 64,51, acima do resultado apurado em 2001 (63,22) e em 2000 (62,81). Na avaliação da Aneel esse índice ainda está abaixo do que pode ser considerado um bom desempenho. Os números que medem a satisfação dos consumidores nos Estados Unidos e na União Européia, por exemplo, atingiram, no ano passado, 73 e 70 pontos, respectivamente.

A distribuidora de energia Departamento Municipal de Eletricidade de Poços de Caldas (DME-PC), em Minas Gerais, foi a empresa mais bem avaliada pelos consumidores. Ela obteve um índice de satisfação de 77,23 pontos, acima da média nacional, que foi de 64,51 pontos. A pior avaliada foi a Companhia Energética do Amazonas (Ceam), com 47,82 pontos.

Entre as dez melhores distribuidoras de energia no ranking, apenas duas são consideradas de grande porte: a Celesc, de Santa Catarina, e a Cemig, de Minas Gerais. A Celesc ficou em sétimo lugar, com 73,45 pontos, e a Cemig ocupou a décima colocação, com 71,13 pontos.

As empresas estatais continuam a ter melhor desempenho que as empresas privadas, a exemplo do que mostraram as duas pesquisas anteriores. Na pesquisa, as estatais obtiveram índice médio de 68,29 pontos, contra 63,19 pontos das privadas.

Reajustes

A satisfação do consumidor será levada em conta nos reajustes tarifários a partir de 2004. O IASC fará parte do Fator X – instrumento usado para repassar ao consumidor os ganhos de produtividade obtidos pelas distribuidoras. De acordo com Abdo, o desempenho das distribuidoras na prestação do serviço pode representar uma redução de zero a um ponto percentual no índice de correção das tarifas, o IGP-M.

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