Nos últimos meses, o subíndice que mede a percepção sobre as condições atuais no Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), calculado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), acelerou o ritmo de alta, enquanto o subíndice sobre as expectativas para o futuro tenderam à acomodação. Esse processo, na visão da economista Izis Ferreira, da equipe da CNC, tende a continuar, diminuindo a discrepância entre os dois subíndices.

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Atualmente, essa diferença ainda é grande. O Icec avançou 1% em fevereiro em relação a janeiro, alcançando 95,5 pontos, como informou mais cedo a CNC. O subíndice que mede as condições atuais ficou em 61,8 pontos, enquanto o indicador que mede as expectativas registrou 141,7 pontos. Só que o indicador das condições atuais avançou mais rapidamente: 6,1% em fevereiro sobre janeiro. Já o indicador de expectativas subiu 0,8% na mesma comparação.

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“Há um ajuste nas expectativas, que, no segundo semestre do ano passado, começaram a se descolar da economia real. Os dados da atividade no segundo semestre mostraram que não havia razão para tanta expectativa positiva”, disse Izis.

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Na virada do ano, alguns dados da economia real de fato melhoraram, como a inflação, que desacelerou. Além disso, lembrou a economista da CNC, dados como as vendas no varejo, medidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), passaram a vir menos negativas. Isso ajudou a melhorar a percepção sobre as condições atuais tanto da economia quanto dos negócios de cada empresário do comércio.