Melhora a receita cambial nos portos do Paraná

A receita cambial gerada pelas exportações nos portos do Paraná, nos quatro primeiros meses deste ano, ultrapassou US$ 4,12 milhões. O resultado é o melhor dos últimos cinco anos e representa alta de mais de 60% na comparação com o mesmo período de 2005, quando o valor chegou a US$ 2,5 milhões.

Dados da Receita Federal mostram que o Porto de Paranaguá respondeu por 7,5% de todas as exportações brasileiras entre janeiro e abril deste ano e por 4,7% das importações no período. A participação só é menor que a dos portos de Santos (SP) e de Vitória (ES).

Segundo o auditor fiscal da Receita, em Paranaguá, Fernando Otávio Sottomaior Muller, o porto paranaense é responsável por fatia cada vez maior nas movimentações de cargas e se consolida entre os líderes nacionais.

“No comparativo do primeiro quadrimestre de 2010 com o mesmo período de 2009, percebe-se nítida recuperação do volume cambial, tanto na importação como na exportação. Nota-se também crescimento com relação a 2008, que foi um ano forte no comércio exterior.”

A expectativa do superintendente dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Mario Lobo Filho, é que o Paraná registre alta ao longo do ano. “Os rendimentos cambiais apontam para a recuperação da economia, sendo 11% superior ao registrado entre janeiro e abril de 2009, antes da crise mundial”, comparou.

Desde 2003, a receita cambial das transações comerciais realizadas pelos portos de Paranaguá e Antonina somaram US$ 75,9 milhões. O total de carga exportada e importada, de janeiro de 2003 até a última semana, é de aproximadamente 242,9 milhões de toneladas.

“Nos últimos sete anos, os investimentos feitos com recursos próprios consolidaram o Porto de Paranaguá em um dos principais canais de escoamento de veículos, contêineres e congelados. Além disso, Paranaguá manteve-se entre os líderes nas exportações de grãos e na importação de fertilizantes, concentrando cerca de 45% da importação nacional do produto”, explicou Lobo Filho.

Até o dia 11 de maio, foram movimentadas cerca de 12 milhões de toneladas de carga, em 792 navios. São mais de 7,5 milhões de toneladas de granéis sólidos como grãos, soja, farelos, sal e açúcar; aproximadamente 1,4 milhão de toneladas de granéis líquidos como etanol e gasolina; 43.978 veículos movimentados; e 226.216 unidades de contêineres.

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