Melhora a percepção sobre endividamento pessoal

A pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre a confiança do consumidor revela que, ao fim do terceiro trimestre deste ano, a percepção dos entrevistados sobre a situação de seus endividamentos pessoais havia melhorado em relação aos três meses anteriores. O índice sobre a avaliação que os consumidores fazem do grau de endividamento subiu 4,8%, dos 102,4 pontos do segundo trimestre para 107,3 pontos nos três meses encerrados em setembro. Pelos critérios da CNI, quanto maior a pontuação, mais otimista está o consumidor.

 

Apesar de revelar certo otimismo relacionado ao crédito, os dados da pesquisa da CNI não fazem relação direta com a crise financeira internacional. Segundo a entidade, as perguntas feitas aos consumidores são fixas, de modo que não há nenhuma questão especial tratando das turbulências. A pesquisa foi realizada junto a 2 mil pessoas entre os dias 19 e 22 de setembro, pouco depois da falência do banco americano Lehman Brothers, que ocorreu no dia 15 de setembro, marco inicial da fase mais aguda da crise.

 

No texto que acompanha a pesquisa, porém, a CNI alerta que o futuro inspira cautela, “uma vez que o aumento nas taxas de juros e os efeitos da crise financeira mundial podem deteriorar algumas dessas condições”.

 

Considerando as cerca de 2 mil entrevistas, 37% disseram, que, nos próximos seis meses, seu endividamento seria o mesmo dos últimos três meses, 32% achavam que duas dívidas iam cair e 21% julgavam que se endividariam mais.

 

Quando questionados sobre sua situação financeira pessoal nos próximos seis meses, 47% dos consumidores responderam que estaria igual, enquanto 35% afirmaram que o cenário iria melhorar. Somente 12% previam uma situação pior. Os índices relativos a emprego também mostraram melhora, de 7,5%, saindo de 120,5 pontos em junho para 129,5 pontos no terceiro trimestre.

 

 

 

 

 

 

 

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