O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse na noite desta segunda-feira, 7, que o mês de setembro, quando o governo divulga o relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas do orçamento federal, pode ser um “bom momento” para avaliar a situação da meta fiscal, que hoje prevê déficit primário de R$ 139 bilhões este ano.

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“No relatório bimestral de setembro certamente será um bom momento para avaliarmos a situação”, disse ele, ressaltando que os mercados estão entendendo que o governo está tentando fazer o possível para cumprir a atual meta. “O que for possível será feito.” Apesar disso, Meirelles reforçou que não há um prazo definido para anunciar uma revisão da meta.

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“Estamos estudando este assunto. Houve queda grande da arrecadação este ano. Não há aumento de despesas, há controle rigoroso”, disse o ministro a jornalistas, após participar de evento da revista Exame em São Paulo. Meirelles citou alguns fatores que levaram à queda da arrecadação, como a atividade econômica fraca desde 2015 e o fato de o setor agrícola, que tem uma base tributária menor, ter sido um dos que mais avançou este ano.

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Outra questão que contribui para a menor arrecadação do governo é o Refis, programa que prevê perdão de dívidas tributárias corporativas, ressaltou o ministro. Muitas empresas, ressaltou, acharam que poderiam postergar o pagamento de impostos na expectativa de aderir a um novo programa ainda mais generoso. “As empresas devem aderir sim ao Refis (atual) durante o mês de agosto.”

Meirelles disse que a expectativa é que a arrecadação cresça no segundo semestre, por conta da recuperação da atividade. Assim, será possível, disse ele, avaliar se é necessário ou não mudar a meta fiscal.