Meirelles rompe silêncio e fala sobre juros em Goiás

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, rompeu o silêncio comum aos dias posteriores à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e disse neste sábado (19) que o aumento do juro pode ser comparado a uma dieta. Apesar de não citar diretamente a alta de 0,50 ponto porcentual anunciada na quarta-feira à noite, disse que o papel do BC na economia é como o do médico que tem de evitar problemas em seus pacientes. "Todos têm de comer bem. Mas se você está exagerando um pouquinho, tem de tomar uma atitude para manter a situação saudável", disse.

Em evento do Rotary Club de Goiás, Meirelles disse que o Brasil tem um "sério" programa de controle de inflação. "Esse é um patrimônio básico da Nação: o poder da moeda. Quando se organiza isso (a inflação), todo o resto da economia se organiza", disse, ao citar a melhora de indicadores de emprego, renda e distribuição de renda.

Na platéia do evento, cerca de 600 pessoas assistiram à palestra "Perspectivas da Economia Brasileira" do presidente do BC. No auditório, pequenos empresários, profissionais liberais e donas de casa pouco acostumados aos temas econômicos. Por isso, Meirelles explicou conceitos como o de bem de capital, Risco País e índice de Gini. No final da apresentação, pediu desculpas por tratar de temas tão áridos e pelo "economês" usado em alguns momentos.

Como no dia anterior na pequena cidade de Catalão, a 250 quilômetros de Goiânia, o clima da visita lembrava o de uma campanha eleitoral. Antes e depois do evento, cumprimentou dezenas de pessoas e posou para fotos com muitos participantes do evento. Meirelles foi eleito deputado federal pelo PSDB goiano em 2002. Não exerceu o mandato, pois logo em seguida assumiu a presidência do Banco Central.

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