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Meirelles: o que interessa à população é emprego, inflação, renda e juros

Apontado como possível candidato à Presidência, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que quatro fatores relacionados à economia serão preponderantes para a decisão do eleitor em 2018: emprego, inflação, renda e juros. “O resultado disso é o que vai contar mais (para eleição)”, afirmou o ministro, que enumerou bons resultados obtidos pelo governo Michel Temer nessas quatro áreas durante sua gestão à frente da economia.

Meirelles ressaltou que ainda não decidiu se vai ou não concorrer ao cargo de presidente e reafirmou que tomará a decisão entre o fim de março e o início de abril, prazo máximo para a desincompatibilização de futuros candidatos que hoje ocupam cargos na administração pública.

O ministro reconheceu, porém, que há uma defasagem entre a melhora da economia e a percepção da população, o que chamou de “índice de bem-estar”. Segundo Meirelles, esse índice já começou a subir, embora devagar. “À medida que economia continue melhorando, o índice de bem-estar vai melhorar mais”, afirmou, em entrevista ao programa Canal Livre, da TV Bandeirantes, gravada na quinta-feira, 18, e exibida no início da madrugada desta segunda-feira, 22.

O ministro reconheceu não haver uma medida objetiva de bem-estar, mas explicou que é possível saber sua dinâmica pela percepção da população sobre uma série de fatores, como a inflação. Hoje, disse o ministro, as pessoas continuam achando que os produtos estão ficando mais caros, mas para ele é uma questão de tempo para a população perceber a inflação baixa.

Caso seja candidato, o ministro reafirmou que acredita na criação de empregos como a melhor política social. “Tenho dito que política social é importante, todas as medidas específicas são importantes, mas a melhor política social é o emprego. Não há política social que resolva ou compense desemprego muito alto”, afirmou.

Apesar das resistências à aprovação da reforma da Previdência, Meirelles garantiu que está totalmente engajado na proposta e que é “coerente” que ele apoie um projeto reformista de governo.

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