O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, negou hoje qualquer divergência entre ele e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre a questão dos juros.

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Em visita ao Rio Grande do Sul, o presidente da autoridade monetária concedeu entrevista à Rádio Gaúcha e afirmou que “é normal que todos tenham opiniões” sobre a trajetória da taxa Selic, mas que o assunto é uma decisão exclusiva do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC.

Ao ser questionado sobre uma eventual divergência com o colega de governo, Meirelles foi conciso. “Não há. Inclusive porque nós não discutimos essa questão da taxa de juros fora das reuniões do Copom”, disse na entrevista.

“É normal que todos tenham opiniões sobre a trajetória futura (dos juros) e isso é legítimo. É absolutamente esperado que autoridades, economistas e analistas manifestem suas opiniões, previsões”, completou.

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Apesar de aceitar a existência de opiniões sobre a trajetória dos juros, Meirelles ressaltou que a decisão sobre a evolução dos juros continua sendo uma atribuição da autoridade monetária. “Mas nós do BC não discutimos esse assunto fora das reuniões do Copom.”

Meirelles também foi questionado sobre os números acima do esperado da inflação recente e se isso poderia resultar em aumento do juro. “Não reagimos a dados pontuais de inflação, à inflação mensal. Não tomamos decisões em função de cada inflação mensal. A decisão é tomada em função de projeções”, disse.

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