O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta quinta-feira, 5, a jornalistas que acredita na votação da reforma da Previdência em novembro. Já a segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer deve ser votada na Câmara até o final deste mês, mas não deve prejudicar o andamento da Previdência, segundo Meirelles.
“A reforma da Previdência é assunto já amadurecido, em discussão há bastante tempo no Congresso e essencial para a sustentabilidade da máquina pública e do sistema fiscal brasileiro”, afirmou, após fazer palestra em evento da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar Fechada (Abrapp).
As votações na Câmara, seja do Refis, seja da Previdência ou da denúncia contra Temer são coisas separadas e com o mérito próprio, destacou o ministro. “Cada projeto vai ser analisado segundo a visão de cada um sobre aquela reforma, com seriedade.”
Após a votação da denúncia da PGR, Meirelles afirmou esperar que a “prioridade absoluta” do Senado e da Câmara a votação da reforma da Previdência.
Ainda sobre a Previdência, Meirelles reforçou que, se a tendência atual for mantida, os gastos com aposentadorias e benefícios sociais, que representam hoje 55% do Orçamento, devem passar a representar 80%. “Isso significa não termos mais recursos para saúde, educação e infraestrutura. O Orçamento vai ser praticamente ocupado pela Previdência.”