O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, defendeu nesta sexta-feira, 23, o “aperfeiçoamento” da chamada regra de ouro, que impede o governo de se endividar para bancar despesas correntes. Ele defendeu que caberá ao próximo presidente da República eleito “ou quem sabe até no final desse governo”, propor alterações nas regras.

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“A regra de ouro tem que ser enfrentada. Porque a maneira como é calculada tem algumas questões contábeis, etc. que existe já uma regra já mais dura, mais direta e mais eficaz que a regra de ouro, que é o teto de gastos. Esse é muito direto, muito claro”, declarou em palestra para empresários durante evento promovido pelo Lide Ceará.

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Segundo Meirelles, “o problema da regra de ouro é que contabiliza as despesas financeiras, mediante uma certa regra de contabilização”. “Acho que compete, sim, ao próximo presidente, ou quem sabe até no final desse governo, propor regras aperfeiçoando a regra de ouro”, declarou o ministro, ao responder perguntas de empresários sobre o assunto.

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Também questionado, Meirelles reiterou que só decidirá sobre eventual candidatura à Presidência da República próximo do dia 7 de abril, prazo para que ministros que vão disputar o pleito se desincompatibilizem do cargo. “Até agora, vou continuar nas próximas semanas concentrado nesse trabalho de fazer com que o Brasil cresça mais e melhor”, disse.

O ministro também foi questionado sobre os perigos dos preços das ações nos Estados Unidos. Ele afirmou que não há dúvida de que o valor dos ativos naquele país está alto, “em termos, os índices já começam a ser parecidos com os de 1929”. Ele avaliou, porém, que essa não é uma situação totalmente fora de base. “O preço está elevado, mas os lucros também estão elevados”, disse.