O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, defendeu a estratégia gradualista adotada pelo BC na condução da política monetária e afirmou que as decisões atuais do Comitê de Política Monetária (Copom) terão efeito no segundo semestre de 2008 e ao longo de 2009. Ele afirmou que nenhum banco central atua para impactar a inflação corrente ou do mês passado. "A inflação corrente resulta de decisões de política monetária tomadas no passado", afirmou.

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Depois de dois anos de cortes sucessivos na taxa básica de juros nacional, o Banco Central interrompeu a trajetória de queda da Selic na última reunião do Copom, ocorrida em meados de outubro. A decisão de manter o juro em 11,25% ao ano foi unânime entre os integrantes do colegiado.

Meirelles explicou que o gradualismo é justificável porque os choques sobre a economia têm persistência ao longo do tempo e, além disso, as informações sobre a economia ficam disponíveis para o Banco Central de forma gradual. "Por isso, a atitude mais prudente é adotar variáveis de política monetária de forma gradual.O gradualismo evita reversão abrupta de rumo, ou seja, evita altas muito fortes nos juros", disse

Ele afirmou que a estratégia contribui para uma evolução positiva da economia. Segundo Meirelles, a ação do BC tem de ser preventiva e a avaliação sobre as decisões de política monetária não podem ser feitas no curto prazo, e que isso induz a erros de julgamento. Para ele, a atuação do BC tem evitado a volatilidade na inflação e contribuído para aumentar a resistência do País às turbulências internacionais.

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