O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, defendeu a aprovação da reforma da Previdência nos moldes do relatório já aprovado pela comissão especial na Câmara dos Deputados. Mesmo assim, ele reconheceu que a proposta será “discutida democraticamente”. “Como disse o presidente Michel Temer, vamos fazer o que é possível, mas sempre alertando para a realidade factual”, disse Meirelles.
Em entrevista ao Grupo Estado, Temer admitiu que a reforma da Previdência “não será tão abrangente” e disse preferir substituir o termo “reforma” por “atualização”. O presidente disse ainda que a proposta pode se resumir a dois pontos, a instituição de uma idade mínima para a aposentadoria e o combate a privilégios de servidores do setor público.
“O processo legislativo exige discussão e negociação. Defendemos manutenção do projeto como está no relatório, mas evidentemente vamos discutir democraticamente”, afirmou nesta segunda-feira Meirelles.
O ministro disse ainda que é difícil prever qual será a prioridade da agenda legislativa, se a Previdência continuará como a próxima da fila de votação, ou se a reforma tributária passará à frente, como defendeu o ministro da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy. Meirelles ressaltou, no entanto, que a Previdência está mais adiantada. “É questão de pautar e votar”, afirmou.
Por outro lado, o governo também tem trabalhado na proposta de reforma tributária, e o plano é concluir o “ciclo de reformas” até o fim do ano.
“Vamos encaminhar a proposta de reforma tributária o mais rápido possível”, disse Meirelles. Segundo ele, o Ministério da Fazenda já tem uma proposta para a mudança na estrutura de tributos no País, mas é preciso ver o que já está tramitando no Congresso Nacional. “A principal finalidade da reforma tributária é a simplificação”, disse.