O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reforçou nesta quinta-feira, 3, que o compromisso do governo ainda é o de cumprir a meta fiscal de déficit primário de R$ 139 bilhões para 2017. “É o nosso objetivo”, disse a jornalistas após fazer palestra em evento do Goldman Sachs em São Paulo.

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“Estamos analisando quais foram as razões da queda da arrecadação no primeiro trimestre, que gerou essa incerteza em relação à meta”, afirmou o ministro. Uma das causas importantes para a redução da arrecadação do governo, ressaltou ele, foi a diminuição da inflação para abaixo da meta do Banco Central.

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A expectativa de que a inflação volte para um nível mais perto da meta do BC em 2018 é um fator que será positivo para a arrecadação, disse Meirelles. Outro fator que contribuiu para a queda das receitas do governo, mas também mostra sinais de estar chegando ao fim, é o da absorção de prejuízos por bancos e empresas por conta da recessão de 2015 e 2016.

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“A arrecadação em junho já retomou um pouco e nossa expectativa é que a retomada da arrecadação possa resolver essa questão (de cumprir a meta fiscal)”, afirmou Meirelles. “Mas estamos observando com muito cuidado e muita atenção a evolução da arrecadação para saber se são necessárias medidas adicionais.”

Com relação aos questionamento de algumas entidades e da própria Justiça sobre a elevação do PIS/Cofins dos combustíveis como uma estratégia para cumprir a meta fiscal de 2017, o ministro ressaltou que é “uma discussão normal”. “O parecer da Advocacia-Geral da União é que neste caso o aumento do PIS/Cofins sobre combustíveis pode ser feito por decreto”, afirmou.

Meirelles fez palestra para investidores hoje em evento do Goldman Sachs e, segundo ele, prossegue o interesse de se investir no Brasil. “Essa trajetória toda de reformas cria um ambiente extremamente positivo para o País voltar a crescer e gerar emprego. Isso começa de fato a acontecer.”

No evento, uma das dúvidas dos investidores foi sobre os próximos passos do governo e a expectativa da equipe econômica para o avanço das reformas, segundo contou Meirelles. O ministro falou aos investidores sobre esforço do governo para fazer microrreformas, que reduzam a burocracia e melhorem o ambiente de negócios. “É uma agenda bastante positiva, que mostra nossa disposição de continuar perseguindo essa agenda de reformas.”