São Paulo
(AE) – O cenário externo, mais uma vez, está longe de ser favorável ao Brasil. Nas últimas semanas, começou a se formar um consenso entre os analistas de que a aversão global ao risco explica parte da recente pressão sobre o câmbio e da disparada do risco país. A crise de confiança que abala os Estados Unidos – iniciada pelo escândalo da Enron – e as incertezas quanto à recuperação da economia americana têm levado a uma depreciação do dólar em relação ao euro e ao iene e a uma fuga generalizada de ativos de risco no mundo. A descoberta de fraudes em mais duas grandes corporações americanas, a WorldCom e a Xerox, pode complicar a vida para países emergentes como Brasil, que necessita de US$ 19 bilhões a US$ 20 bilhões para financiar seu déficit em contas correntes neste ano e enfrenta as indefinições do quadro eleitoral.
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