Medidas vão viabilizar expansão de empresas, diz Mantega

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o objetivo das medidas de estímulo ao mercado de capitais, antecipadas pelo Broadcast na semana passada e anunciadas nesta segunda-feira, 16, é viabilizar a capitalização de empresas de pequeno e médio portes e também atrair o poupador pessoa física.

“Essas empresas têm vocação para crescer, alçar voos mais altos e isso só é possível se dermos as condições necessárias. O capital mais barato é fundamental para dar esses voos mais altos”, disse ao ressaltar que o mercado de capitais tem papel de financiar as empresas a um custo baixo. “(Mercado de capitais )É financiamento mais barato que o BNDES, adquirindo um sócio que vai compartilhar com você o sucesso do investimento.”

De acordo com o ministro, as medidas são necessárias para estimular o financiamento via mercado de capitais, que ainda é “insuficiente”. “O Brasil tem longo histórico de crédito caro e escasso, cenário esse que, felizmente vem se alterando, mas ainda é insuficiente. Uma década atrás, a relação do crédito estava em 25% do PIB. Hoje está em 55% do PIB. É um grande crescimento, mas ainda não suficiente. É preciso que mercado de capitais dê a sua contribuição”.

Ele disse ainda que é “necessário que taxas de juros permaneça num determinado patamar” para que o mercado de capitais possa financiar as empresas. “Quando a taxa de juro real ex-post está acima de 10% não se viabiliza investimento em mercado de capitais. Abaixo de 6%, 5% é que se estimula esse mercado. Temos que criar condições que essa taxa de juros permaneça nesse patamar mais baixo”, completou, sem detalhar o que seria necessário.

Outro objetivo das medidas, disse o governo, é atrair investidores pessoa física. “Poderemos permitir aos poupadores privados que participem do sucesso dessas pequenas e médias empresas.”

Mantega disse ainda que o mercado de pequenas empresas ainda é incipiente, com apenas 11 empresas de porte médio e pequeno com ações negociadas na bolsa. “Sabemos que há centenas ou milhares que teriam condições de entrar nesse mercado”, disse.

O ministro também disse que o número de empresas na Bolsa hoje “é baixo” e que a crise de 2008 interrompendo um processo de crescimento. “Está na hora de começar uma nova ascensão. A crise está se dissipando no mundo todo e vai permitir recuperação do mercado de capitais”, diz.

“Queria destacar a participação dos estrangeiros que praticamente duplicou e mesmo com a crise participação continuo se expandindo. Isso mostra que existe confiança sim dos estrangeiros no mercado de capitais.”

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