A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, “apreciaram fortemente” o novo orçamento de austeridade da Itália, afirmou o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi. À agência de notícias Ansa o premiê disse que havia conversado com as duas autoridades.
“O tema da conversa não foi apenas a Itália, mas também o euro e, por isso, a Europa em geral”, afirmou Berlusconi.
O gabinete italiano aprovou ontem um orçamento de austeridade de 45,5 bilhões de euros (US$ 64 bilhões) que determina que os cidadãos com alta renda pagarão mais impostos e prevê cortes substanciais nos governos locais para levar o país de volta ao equilíbrio orçamentário em 2013, em vez de 2014 como planejado anteriormente.
“Acho que posso dizer que teria sido difícil para qualquer outro governo da Europa fazer o que nós fizemos: produzir um plano com conteúdo tão rico em tão pouco tempo”, declarou Berlusconi.
Perguntando se o ministro de Finanças, Giulio Tremonti – que a imprensa italiana diz estar em atrito com o premiê -, manterá o emprego até o fim do governo atual, em 2013, Berlusconi respondeu que sim. Segundo ele, as diferenças de opinião não são apenas com Tremonti.
Quanto a seus planos para reeleição, Berlusconi foi comedido nas palavras. “Se isso for necessário, não vou evitar. Espero que isso não seja necessário”, se limitou a dizer. As informações são da Dow Jones.