Medida de corte nos gastos não tem data

Brasília (AE) – O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, disse ontem que não sabe quando vão sair as medidas de corte de despesas públicas. ?Essa é uma decisão que não é minha. É do presidente da República?, disse. Segundo Appy, o conjunto de medidas ?não é para corte de despesas, apenas, é para o desenvolvimento?, ao ser questionado sobre quando sairiam medidas para redução dos gastos. De acordo com ele, o corte nos gastos dá consistência para o desenvolvimento.

Na entrevista de divulgação do relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre o Brasil, Appy afirmou que existe grande convergência entre o diagnóstico da organização e o pensamento do governo.

O chefe do Departamento para América do Sul da OCDE, Luiz Mello, destacou que o estudo identifica como desafio máximo, na área macroeconômica, fazer o ajuste fiscal privilegiando a compressão do gasto e reduzindo a carga tributária. Também destacou como grande desafio para o Brasil aumentar a escolaridade e assim a produtividade do trabalho. De acordo com ele, o nível de escolaridade no Brasil está aquém até mesmo de países com renda próxima a do Brasil.

Superávit

Bernard Appy acha que o governo poderia até colocar uma meta fiscal de resultado nominal como referência, ?mas o que o governo controla de fato é o primário (resultado que desconta as despesas com juros)?.

Appy frisou que com a tendência de queda de juros a manutenção da meta de superávit primário, que é de 4,25% do PIB, ?certamente vai fazer a relação dívida/PIB cair?. Appy também destacou que a questão da previdência não deve ser vista ?apenas do ponto de vista fiscal, mas também social?.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo