As quatro maiores companhias aéreas do País transportaram 8,847 milhões de passageiros durante o período da Copa do Mundo em 77,2 mil voos. O movimento de 12 de junho a 13 de julho levou a uma média de ocupação (load factor) dos voos de 80%. As informações foram divulgadas pelo presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, em teleconferência.
De acordo com a Abear, a pontualidade dos voos com tolerância de até 15 minutos chegou a 90,1%. Se a margem de tolerância for ampliada para 30 minutos, o indicador de pontualidade chega a 92%, informou a associação. Os principais problemas mencionados pelo setor se limitaram a fechamento por problemas meteorológicos dos aeroportos do Rio de Janeiro, seguido por Porto Alegre e Curitiba.
Neste período do mundial a malha aérea foi ampliada em 31,2% em relação ao período regular. Ainda segundo a Abear, o tráfego entre as cidades-sede equivale a 77% do total de operações realizadas no País. A associação informou também que neste período do evento o setor contratou 2 mil funcionários, entre efetivos e temporários.
Estimativa
O presidente da Abear disse ainda que a esperada queda na movimentação de passageiros durante a Copa foi menor que a esperada pelas companhias por conta do número de clientes estrangeiros que superou as expectativas. Segundo Sanovicz, o recuo deverá ficar perto dos 8%. “A queda de 11% a 15% que o setor esperava acabou não se verificando”, disse ele. O número preciso, no entanto, só será obtido em agosto, quando a Abear compilar os dados das companhias dos meses de junho e julho.
O setor previa uma diminuição de até 15% no número de passageiros por conta do arrefecimento das viagens corporativas durante a Copa, que não seria totalmente compensada pelo volume turístico. A respeito do número de estrangeiros que o País receberia no evento, a projeção do governo antes do mundial estava em 600 mil, mas balanço do Ministério do Turismo divulgado na segunda-feira apontou cerca de 1 milhão. “Esse pessoal majoritariamente viajou de avião”, afirmou o presidente da Abear.
Sanovicz avaliou como positiva a operação da malha aérea durante o período da Copa. Ele exaltou o planejamento realizado antecipadamente para que as companhias atendessem as torcidas e a cooperação entre as companhias e órgãos do setor na tomada das decisões na operação durante o mundial. “O planejamento e a cooperação com os órgãos públicos se mostrou um sucesso”, disse.
De acordo com ele, alguns procedimentos montados para a operação da Copa poderão se tornar praxe na gestão do tráfego aéreo regular. “Procedimentos que facilitaram as decisões técnicas se mantidos vão gerar impactos positivos na operação regular, tanto para passageiros quanto para as companhias aéreas”, afirmou Sanovicz.