A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 585 milhões na terceira semana deste mês, resultado de exportações de US$ 4,334 bilhões e importações de US$ 3,749 bilhões. Conforme dados divulgados nesta terça-feira, 24, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a média das exportações da terceira semana de junho chegou a US$ 1,084 bilhão, ou seja, 8,1% superior à média de US$ 1,003 bilhão até a segunda semana. Básicos e semimanufaturados cresceram no período e manufaturados recuaram.
A alta na média de exportações da terceira semana de junho ante a segunda semana foi obtida por causa do aumento nas exportações de produtos básicos e semimanufaturados. No caso dos básicos, o crescimento da média foi de 18,7%; ou seja, de US$ 517,3 milhões, na segunda semana do mês; para US$ 614,1 milhões, na terceira semana, em razão de soja em grão, minério de ferro, petróleo em bruto, carne de frango, café em grão e fumo em folhas. Nos semimanufaturados, a alta na média diária foi de 17,3% nessa comparação, de US$ 113,8 milhões, na segunda semana; para US$ 133,5 milhões, na terceira semana de junho, em resultado impulsionado por semimanufaturados de ferro/aço, celulose, couros e peles, ouro em forma semimanufaturada e alumínio em bruto.
O MDIC destaca, entretanto, a queda de 7,8% na média diária de manufaturados, ou seja, de US$ 344,2 milhões, na segunda semana do mês; para US$ 317,4 milhões, na terceira semana de junho. A retração envolveu, principalmente, automóveis de passageiros, óleos combustíveis, motores para veículos e partes, máquinas e aparelhos para terraplanagem e polímeros plásticos. Nas importações houve crescimento de 10,8% na média diária, explicado, principalmente, pelo aumento nos gastos com combustíveis e lubrificantes, equipamentos mecânicos, aparelhos eletroeletrônicos, veículos automóveis e partes, e plásticos e obras.
Mês
Nas exportações, comparadas as médias até a terceira semana de junho, de US$ 1,026 bilhão, com a de junho de 2013, de US$ 1,057 bilhão, houve retração de 2,9%. Segundo o MDIC isso ocorreu em razão da redução das exportações de produtos manufaturados (queda de 19,5%, de US$ 417,9 milhões para US$ 336,5 milhões), por causa dos itens plataforma de produção de petróleo e gás, automóveis de passageiros, autopeças, açúcar refinado, motores/geradores, etanol e motores para veículos.
No consolidado das três primeiras semanas de junho, entretanto, cresceram em 9,9% as vendas de básicos, considerando o critério de médias diárias (US$ 496,0 milhões, em junho de 2013; para US$ 545,0 milhões, nas três primeiras semanas deste mês). Isso ocorreu, principalmente, por causa de petróleo em bruto, carne suína e bovina, café em grão, farelo de soja e soja em grão. Nos semimanufaturados, a alta foi de 0,2% (de US$ 119,2 milhões, em junho do ano passado; para US$ 119,4 milhões, nas três primeiras semanas deste mês), pelos aumentos em semimanufaturados de ferro/aço, ferro fundido, couros e peles e ferro-ligas.
Nas importações, a média diária de junho, até a terceira semana,, de US$ 872,3 milhões, ficou 7,3% abaixo da média de junho de 2013, ou seja, US$ 941,3 milhões. Nesse comparativo, recuaram os gastos, principalmente, com adubos e fertilizantes (-25,7%), equipamentos mecânicos (-23,5%), aparelhos eletroeletrônicos (-19,4%), siderúrgicos (-18,6%), veículos automóveis e partes (-16,5%) e plásticos e obras (-9,8%). Ante maio/2014, houve queda de 8,6%, pelas diminuições em adubos e fertilizantes (-36,4%), siderúrgicos (-18,6%), plásticos e obras (-14,1%), aparelhos eletroeletrônicos (-12,7%) e combustíveis e lubrificantes (-9,4%).
Com o resultado das três primeiras semanas de junho, o déficit comercial no acumulado do ano ficou em US$ 2,707 bilhões, com exportações totalizando US$ 104,424 bilhões e importações somando US$ 107,131 bilhões.