A queda na média diária exportada e, por outro lado, o aumento na média importada na quarta semana de setembro (entre os dias 19 e 25) fizeram com que a balança comercial brasileira registrasse um déficit de US$ 584 milhões no período. Segundo dados divulgados hoje pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as exportações na quarta semana de setembro somaram US$ 5,121 bilhões, com média diária de US$ 1,024 bilhão, o que representou uma queda de 11,9% em relação à média verificada até a terceira semana do mês (US$ 1,162 bilhão).

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Nessa base de comparação, foi registrada queda de 18,1% nas vendas de manufaturados, principalmente açúcar em bruto, celulose, semimanufaturados de ferro e aço e óleo de soja em bruto. As vendas de básicos também caíram 15,1%, com destaque para minério de ferro, petróleo em bruto, soja em grão, carne de frango e suína, fumo em folhas, milho em grãos e minério de cobre. Também foi registrada queda de 5,4% nas exportações de manufaturados, com redução maior nas vendas de automóveis de passageiros, autopeças, açúcar refinado, aparelhos para terraplenagem, polímeros plásticos, veículos de carga e tratores.

Enquanto isso, as importações somaram US$ 5,705 bilhões no período, com média diária de US$ 1,141 bilhão, o que representou um incremento de 22,5% sobre a média registrada até a terceira semana do mês (US$ 931,3 milhões). Segundo dados do MDIC, houve aumento com as compras de combustíveis e lubrificantes, equipamentos mecânicos, automóveis e partes, químicos orgânicos e inorgânicos, adubos e fertilizantes, farmacêuticos e plásticos e obras.

No acumulado do mês, até dia 25, as exportações somam US$ 17,897 bilhões, com média diária de US$ 1,118 bilhão, o que representa um aumento de 24,7% sobre o montante registrado em setembro do ano passado (US$ 896,8 milhões). Neste comparativo, as exportações das três categorias de produtos registraram aumento.

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No caso dos semimanufaturados, o aumento foi de 34,8%, com expansão maior para o óleo de soja em bruto, semimanufaturados de ferro e aço, ouro em forma semimanufaturada, couros e peles, açúcar em bruto e celulose. Entre os básicos, o aumento foi de 31,7%, com destaque para soja em grão, milho em grão, café em grão, fumo em folhas, petróleo em bruto, minério de ferro e carne de frango. As vendas de manufaturados tiveram aumento de 11,7%, com destaque para polímeros plásticos; máquinas e aparelhos de terraplenagem; tratores; partes de motores para veículos; autopeças e veículos de carga.

Na comparação com agosto deste ano, quando a média exportada foi de US$ 1,137 bilhão, os números de setembro representam uma queda de 1,7%, com retração nas vendas de produtos semimanufaturados (-8,1%) e manufaturados (-2,2%), enquanto os produtos básicos apresentaram crescimento de 0,6%.

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No mês, as importações somam US$ 15,949 bilhões, com média diária de US$ 996,8 milhões, o que representa um aumento de 17,9% ante a média de setembro de 2010 (US$ 845,5 milhões). Segundo os dados do MDIC, houve crescimento dos gastos, principalmente, de adubos e fertilizantes (98,4%); combustíveis e lubrificantes (45%); cereais e produtos de moagem (41,7%); plásticos e obras (18,2%); químicos orgânicos e inorgânicos (17,6%); borracha e obras (14,5%); veículos automóveis e partes (11,4%); e aparelhos eletroeletrônicos (11,2%).

Na comparação com a média diária importada em agosto último (US$ 968,9 milhões), as importações cresceram 2,9%, com destaque para as compras de cereais e produtos de moagem (35,2%); combustíveis e lubrificantes (19,5%); produtos farmacêuticos (8,9%); aeronaves e peças (7,4%); e químicos orgânicos e inorgânicos (4,8%). No acumulado de setembro, a balança comercial brasileira tem um superávit de US$ 1,948 bilhão.