MDIC definirá peças estratégicas para setor automotivo

A secretária de Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Heloisa Menezes, disse nesta terça-feira que o governo vai editar um decreto estabelecendo uma lista de “peças e ferramentaria” consideradas estratégicas para o setor automotivo. A aquisição, pelas montadoras, desses componentes fabricados no Brasil darão direito à redução de IPI no novo regime automotivo.

“O regime permite desenhos diferenciados por empresa”, disse a secretária, lembrando que mesmo as montadoras não instaladas no Brasil poderão ganhar crédito de IPI, se anunciarem instalação de fábrica e adquirirem insumos nacionais.

Para o secretário de Inovação do MDIC, Nelson Fujimoto, o novo modelo do regime automotivo alia investimentos em inovação com benefícios tributários. “É um modelo novo. A ideia é estender na cadeia automotiva o estímulo à inovação”. Ele também considerou positivo o aumento dos recursos do BNDES para investimentos em inovação.

Anfavea

Na avaliação do vice-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Rogelio Golfarb, o novo regime automotivo anunciado pelo governo vai exigir que as montadoras instaladas no Brasil façam um esforço para ter direito a impostos mais baixos. “Todos nós teremos de avançar”, disse o empresário, que estava no Palácio do Planalto no momento em que o governo anunciou as medidas de incentivo á indústria.

Segundo Golfarb, não é possível dizer ainda se algumas das montadoras que fabricam carros no Brasil perderão o benefício de IPI menor no ano que vem, quando entra em vigor o novo regime. “É difícil avaliar neste momento. Mas, como estamos no início de abril, as empresas terão tempo para se preparar”. Questionado se o novo regime automotivo poderá aumentar as exportações de veículos do Brasil, Golfarb limitou-se a dique que “é possível”.

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