Na passagem de junho para julho, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), apurado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), acelerou de 0,41% para 0,73%, com forte contribuição de Matérias-primas Brutas. Esse grupo passou de uma variação de 0,24% para 1,57% na mesma base de comparação.
Nesse estágio inicial da produção, os itens que foram os principais responsáveis pela aceleração foram soja em grão (-0,44% para 5,26%), milho em grão (-4,21% para 2,33%) e aves (0,98% para 5,18%). Em sentido oposto, destacam-se: minério de ferro (5,90% para 3,09%), bovinos (-0,26% para -1,32%) e suínos (6,98% para 0,62%).
No último estágio da produção, o índice relativo aos Bens Finais variou 0,46%, em julho. Em junho, este grupo de produtos mostrou variação de 0,60%. Contribuiu para este recuo o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa de variação passou de 1,80% para 0,96%. Excluindo-se os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, o chamado índice de Bens Finais (ex) registrou variação de 0,46%. Em junho, essa taxa havia sido de 0,51%.
Já o indicador referente a Bens Intermediários variou 0,33%. Em junho, a taxa foi de 0,36%. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo materiais e componentes para a construção, cuja taxa de variação passou de 0,51% para -0,51%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,32%, ante 0,39%, em junho.
Principais influências
De acordo com a FGV, entre os itens que, isoladamente, exerceram as maiores influências de alta no IPA de julho estão: soja em grão (de -0,44% para 5,26%), minério de ferro (de 5,90% para 3,09%), farelo de soja (de -3,78% para 6,08%), aves (de 0,98% para 5,18%) e leite in natura (de 1,62% para 2,41%).
Já na lista de maiores influências negativas figuram: bovinos (de -0,26% para -1,32%), tomate (de -17,10% para -12,19%), algodão em caroço (de 1,95% para -3,14%), açúcar cristal (de -0,53% para -2,92%) e banana (de -1,63% para -3,82%).