Materiais pressionam custo da construção civil no Paraná

O Custo Unitário Básico (CUB) da construção civil calculado pelo Sinduscon-PR (Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná) foi reajustado em 0,24% no mês de julho. O percentual é maior do que a inflação medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado), da Fundação Getúlio Vargas, que apresentou deflação de 0,34% no mesmo período. No ano, o custo da construção apresenta variação acumulada de 5,90%. E nos últimos doze meses, o CUB-PR aumentou 8,18% enquanto o IGP-M ficou em 5,38%.

Os materiais pesquisados pelo Sinduscon-PR para elaboração do CUB-PR tiveram aumento médio de 0,53% em relação ao mês de junho. No ano, acumulam alta de 4,45% e em doze meses 9,53%. Entre os 40 materiais pesquisados, os produtos de extração mineral – areia e brita – madeiras, aço, cerâmica e tijolo vêm registrando altas expressivas, muito além das médias de variação dos preços.

O preço do tijolo de 8 furos aumentou 9,07%, em média, no mês de julho. No entanto, há empresas que já pagaram o produto com até 16% de aumento, informa o vice-presidente do Sinduscon-PR, Hamilton Pinheiro Franck. Segundo ele, as construtoras já estão sendo comunicadas que areia e brita terão novos aumentos no mês de agosto. O preço da pedra brita subiu 3,70% em julho e já acumula reajuste de 19,15% no ano. A chapa de compensado, produto utilizado na fôrma de concreto, teve reajuste de 12,56% neste ano. Também aumentaram em julho o piso de mármore 2 cm (6,93%); piso de cerâmica 20 x 20 cm (4,17%); dobradiça em ferro niquelado (2,27%), entre outros.

CUB determina custos. Divulgado mensalmente pelos sindicatos da construção, o Custo Unitário Básico (CUB) é calculado segundo a NBR 12.7821, da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Elaborado de acordo com diversos projetos-padrão, o CUB determina o custo da obra para fins de cumprimento da lei de incorporações e tem fins exclusivamente comparativos à realidade dos custos. Atualmente, a variação percentual do CUB tem servido como mecanismo de reajuste de preços em contratos de compra de imóveis em construção e até mesmo como índice setorial.

O custo médio representativo da construção habitacional (padrão H8-2N, para imóveis em prédio de oito pavimentos, dois quartos e padrão normal de acabamento), computados apenas materiais e mão-de-obra, passou para R$ 842,22 o metro quadrado no mês de julho. Neste valor não estão considerados diversos itens como o projeto, obras de fundação, elevadores, urbanização, impostos e taxas, remuneração do construtor, entre outros.

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