Materiais de construção com imposto reduzido

Agência Brasil

Presidente Lula anunciou ontem que
o governo estuda reduzir impostos
para materiais de construção.

Brasília (ABr) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que o governo está estudando uma forma de reduzir os impostos sobre os produtos usados na construção civil. A idéia, segundo Lula, é facilitar o acesso da classe mais pobre a materiais como cimento e cal.

?Nós vamos ter que pensar urgentemente como, ou criar uma linha de crédito daquelas bem baratinhas, que a Caixa pode criar, ou a gente desonerar essa parte da população que não pode ser onerada num saco de cimento, do mesmo jeito que é cobrado de uma empresa grande?, afirmou o presidente, ao lançar o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social, que vai beneficiar, principalmente, famílias que ganham até cinco salários mínimos.

Lula ressaltou que seu governo já investiu R$ 559 milhões na urbanização de favelas, valor que, segundo ele, é seis vezes maior do que o investido na área nos dois últimos anos do governo passado. O presidente disse também que os investimentos em saneamento foram 14 vezes superiores aos realizados em 1999 e 2002. De acordo com Lula, os financiamentos para o setor imobiliário ultrapassaram R$ 9 bilhões em 2004.

Segundo o presidente, a Caixa Econômica Federal tem R$ 10 bilhões para aplicar na recuperação do mercado imobiliário do País. Lula destacou que foram criados programas habitacionais, como o fundo, para atender a classe mais pobre. ?É sintomático que isso só tenha acontecido agora, enquanto, no passado, apenas 30% dos recursos eram dirigidos a essa faixa de renda (que ganha até cinco salários mínimos).?

Solução difícil

Lula afirmou, na solenidade, que não existe solução rápida para resolver o problema da moradia no País. ?Foge da verdade quem disser que tem solução rápida e fulminante para o gigantesco passivo acumulado nesse processo de segregação urbana?, disse.

O presidente explicou que criou o Ministério das Cidades para dar fôlego e recuperar a política habitacional do País. Ele ressaltou que o alto déficit habitacional brasileiro, que hoje é de 7,2 milhões de moradias, é resultado da omissão dos governos anteriores. ?A verdade é que a negligência política e a omissão pública do passado criaram entre nós um verdadeiro appartheid espacial e humano?, destacou.

Ele classificou o déficit de ?abismo existente entre a casa grande e a senzala, com uma diferença ainda mais cruel: não raro, uma simples avenida ou um muro separa, agora, o século 21 do século 19?. 

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