As vendas do varejo brasileiro apresentaram crescimento de 0,9% em junho em relação ao mesmo mês do ano passado, aponta o indicador de varejo da Mastercard. Já os negócios acumulados no segundo trimestre do ano cresceram 2,7% em comparação ao período equivalente de 2017. Os cálculos são referentes ao varejo restrito, excluindo as vendas de automóveis e materiais de construção.
Ao mesmo tempo, as vendas pela internet continuam como principal motor das vendas no País, com alta de 23,9% na comparação com junho de 2017.
O desempenho “modesto” das vendas gerais no mês, diz César Fukushima, economista-chefe da Mastercard Advisors no Brasil, é reflexo do impacto da Copa do Mundo sobre o varejo. “Apesar de datas comemorativas, como o Dia dos Namorados, terem puxado os resultados para cima, o comércio em geral foi prejudicado pelos jogos, o que não foi compensado nos outros dias do mês”, explica.
Entre os setores pesquisados, tiveram alta as vendas de móveis e eletrodomésticos, supermercados, artigos farmacêuticos, material de construção e artigos de uso pessoal e doméstico. Já os segmentos de combustíveis e vestuário sofreram queda.
A perspectiva até o fim do ano é de continuidade do ritmo modesto de crescimento, avalia a Mastercard. O principal empecilho para uma expansão mais rigorosa das vendas no ano é a alta taxa de desemprego no País, que, em conjunto com as incertezas no ambiente econômico, pesa sobre a confiança do consumidor.
Na análise por região, Norte (2,1%), Sul (1,7%), Sudeste (1,1%) e Nordeste (0,9%) ficaram acima da média, enquanto o Centro-Oeste registrou queda de 2,3% nos negócios do varejo.