Futuro presidente da comissão especial que analisará a reforma da Previdência na Câmara, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) afirmou nesta terça-feira, 7, que prevê a conclusão da tramitação da proposta na Casa entre o fim de abril e o início de maio. “Vamos trabalhar com celeridade razoável para que no fim de abril, início de maio, tenhamos concluído esse trabalho na Câmara para ser enviado ao Senado”, disse Marun, que será formalizado como presidente na instalação na comissão, programada para quinta-feira, 9.

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O peemedebista participou hoje de um almoço promovido pela Frente Parlamentar da Agropecuária para discutir a reforma da Previdência. O encontro também contou com a presença do secretário de Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, e de técnicos da Casa Civil e do Ministério do Planejamento que trabalharam na elaboração da proposta.

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Marun, que foi anunciado ontem como presidente da comissão especial após a desistência do deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ), disse que a reforma é “consistente”, mas pode ser aprimorada. O parlamentar preferiu não “avançar” e adiantar detalhes sobre os trabalhos do relator, deputado Arthur Maia (PPS-BA), mas afirmou que a idade mínima é um ponto que poderia ser adaptado.

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“Tenho convicções de que a reforma é necessária e de que é necessária a idade mínima para aposentadoria. Eu não tenho uma antipatia a princípio em relação a essa idade (65 anos). Talvez possamos analisar alguns setores, alguns segmentos em que a força física seja mais necessária para o exercício da profissão, onde comprovadamente a expectativa de vida daquele tipo de atividade seja menor que a média do brasileiro. Como regra geral, andei verificando que existe em outros países uma idade mínima até maior do que essa”, disse Marun.

“O projeto está perfeito. Ele pode ser aprimorado? Até pode, mas vamos trabalhar de forma decidida para que ao final possamos oferecer um projeto consistente, que não leve à necessidade de daqui três ou quatro anos estar discutindo isso novamente”, reforçou o presidente da comissão.

Segundo Marun, a ideia é ter uma dedicação exclusiva aos trabalhos da comissão da reforma da Previdência. “Isso vai permitir que sejamos rápidos, mas não inconsequentes”, afirmou. O deputado disse ainda que é preciso diferenciar “oposição do governo da oposição do País”, sinalizando que a reforma da Previdência é de interesse de todos.