Responsável pela articulação política do governo com o Congresso Nacional, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse nesta terça-feira, 30, ter confiança de que a reforma da Previdência será aprovada em fevereiro. Apesar disso, admitiu que essa tarefa é um “desafio”, já que ainda não há votos suficientes para garantir a aprovação da proposta.
Mesmo com a confiança na aprovação, o ministro deixou a porta aberta para possíveis mudanças no texto. Segundo ele, a proposta atual está “enxuta e no ponto que pode ser aprovada”, mas o governo está “aberto ao diálogo”.
Qualquer mudança constitucional requer o apoio de 308 deputados. Nesta terça, Marun voltou a dizer que o governo contabiliza cerca de 270 votos – embora o vice-líder do governo na Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), tenha dito que a contagem será feita a partir de agora. Ambos participaram de reunião “estratégica” nesta terça na residência oficial da Câmara dos Deputados.
Apesar do patamar de votos citado pelo ministro ser semelhante ao contabilizado no ano passado, Marun ressaltou que o cenário para a aprovação melhorou, principalmente porque há, segundo ele, maior apoio da sociedade à proposta.
“Estou convencido de que aprovar a reforma é possível”, disse Marun. O ministro garantiu ainda que não haverá novo adiamento da votação. “Nosso plano é A de aprovação da reforma, mesmo”, afirmou.
Qualquer pedido de alteração no texto só será avaliado se partir de quem pode entregar mais votos pela reforma, ressaltou Marun. “Estamos abertos ao diálogo, desde que proposta não seja conversa vã”, afirmou.