O reajuste do salário mínimo de R$ 300 para R$ 340 a partir do ano que vem já seria um ?belo aumento?, segundo o ministro Luiz Marinho (Trabalho). Esse valor está abaixo da reivindicação das centrais, que é um mínimo de R$ 400, e da outra proposta estudada pelo governo (R$ 350). ?Assim mesmo, seria um belo aumento do salário mínimo. Começa a ultrapassar alguns pisos de categorias?, disse.
Para ele, o mínimo irá ?ultrapassar esse valor no tempo?. Mas lembrou que os valores possíveis estão em negociação no Orçamento de 2006 e que há outros desembolsos sendo analisados também, como o reajuste da tabela do Imposto de Renda, os recursos para as compensações da Lei Kandir e o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação).
Hoje, às 15h, Marinho e o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, irão se reunir com representantes das centrais sindicais para discutir o novo valor do mínimo. A reunião serve para ?criar um clima para a audiência com o presidente Lula, na semana que vem?, avisou Marinho.
Empregos
Mais de 1,8 milhão de empregos com carteira assinada foram gerados em 2004, segundo os dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais). Para o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, a meta para o próximo ano é criar mais de 1,8 milhão de postos de trabalho, mantendo o crescimento do ano de 2004. Porém, o ministro afirmou que os números para este ano devem fechar em 1,5 milhão de novos empregos.
O dados apontam que o dobro de pessoas conseguiu se empregar em relação ao ano de 2003. Esse é o melhor resultado absoluto desde 1986 da série da Rais. Esse levantamento foi divulgado ontem pelo ministro.
?O Brasil finalmente interrompeu um processo de queda na sua economia, não só do ponto de vista do emprego, mas dos salários. Iniciamos um processo consistente de crescimento não só dos empregos formais?, disse.
O levantamento é feito a partir da declaração dos empregadores e é obrigatória e anual. O objetivo da Rais é identificar o número de trabalhadores para o pagamento do abono salarial e outros benefícios, além de servir de base para políticas de emprego.