A candidata do PSB à presidência, Marina Silva, defendeu hoje a manutenção da meta de inflação em 4,5%. Segundo ela, a avaliação do economista Alexandre Rands, de que a meta precisa ser revista para cima no próximo ano para acomodar o reajuste de preços, é uma opinião “isolada”.

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“Nós estamos comprometidos com o tripé da política macroeconômica e com os fundamentos do Plano Real”, declarou Marina há pouco, depois de participar de um comício em Ceilândia, maior cidade satélite do Distrito Federal. “As pessoas são livres e têm suas opiniões, mas a opinião livre de uma pessoa não representa o nosso programa.”

Alexandre Rands, um dos mais próximos colaboradores de Marina na área econômica, defendeu o aumento da meta de inflação. Marina descartou a proposta do aliado e disse que tem compromisso de não permitir que a “inflação volte”. “Para que o País volte a investir nas coisas certas, como educação, meio ambiente e segurança pública”, disse a candidata.

Questionada pelo Broadcast Político como pretendia acomodar o choque inflacionário com um eventual reajuste nos combustíveis, por exemplo, Marina disse que isso “não vai ser feito de uma vez ou no chutômetro”.

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“Por isso que temos compromisso do Banco Central independente, para que ele não seja colocado a serviço dos interesses políticos imediatistas que comprometem o futuro político do nosso País.”

Ela disse ainda que o governo da presidente Dilma Rousseff tem responsabilidade pela “contabilidade criativa” e pela manutenção dos preços administrados. “A presidente Dilma disse que está resolvendo isso e até já se comprometeu a demitir seu atual ministro da Fazenda. Só que agora é tarde, porque ambos serão demitidos pelo povo brasileiro”, concluiu.

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