A margem financeira bruta do Banco do Brasil foi a R$ 12,490 bilhões no quarto trimestre do ano passado, cifra 2,6% menor que um ano antes. No comparativo trimestral, encolheu 0,7%. Em todo o ano de 2018, a margem financeira bruta do BB diminuiu 5,8% ante 2017, para R$ 49,625 bilhões. O banco já esperava que a linha encolhesse de 6,5% a 5,0% no exercício passado.

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Segundo o banco, a margem financeira bruta no terceiro trimestre foi impactada pelo aumento nas receitas financeiras com operações de crédito em R$ 63 milhões, com influência principalmente pelo crescimento da carteira de pessoa física; pela despesa financeira de captação, afetada pela elevação da taxa de juros na Argentina e que pesou na despesa em depósitos a prazo no Banco Patagonia em aproximadamente R$ 177 milhões, e ainda as despesas de captação institucional, que se reduziram em R$ 158 milhões no trimestre, principalmente com o impacto das despesas financeiras de instrumentos emitidos no exterior.

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“O resultado de tesouraria foi impactado negativamente pelo resultado com derivativos e marcação a mercado”, acrescenta o BB, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras.

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Índice de Basileia

O índice de Basileia do Banco do Brasil, que mede quanto um banco pode emprestar sem comprometer o seu capital, foi a 18,9% ao término de dezembro, aumento de 0,2 ponto porcentual ante o indicador de setembro, de 17,2%. Há um ano, porém, estava em 19,6%.

O índice de capital nível I chegou a 13,4% no quarto trimestre ante 13,2% no terceiro e 13,8% há um ano. O capital principal, ou seja, próprio dos acionistas foi a 10,0%, acima da meta do banco de 9,5% para o ano. No terceiro trimestre, o indicador estava em 9,66% e 10,48% em 12 meses. O patrimônio de referência do BB alcançou R$ 134,2 bilhões.

“O foco está na geração orgânica de capital, pelo crescimento do crédito em linhas com menor consumo de capital e mais atrativas sob o critério retorno versus risco”, destaca o banco, em comunicado à imprensa.

O BB reafirmou, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, que seu objetivo é manter o índice de capital principal acima de 9,5% em 2019, quando as regras de Basileia III estarão integralmente implementadas no Brasil. Destacou ainda que deseja crescer a base de capital de forma a atingir no mínimo 11% de Índice de Capital Principal em janeiro de 2022.

Inadimplência

O índice de inadimplência do Banco do Brasil, considerando atrasos acima de 90 dias, foi a 2,53% no quarto trimestre do ano passado, melhora de 0,29 ponto porcentual em relação ao terceiro trimestre, quando o indicador foi de 2,82%. Ante um ano, quando estava em 3,7%, a melhora foi de 1,19 p.p.

A inadimplência do BB no quarto trimestre melhorou em todos os segmentos. A principal queda foi na pessoa jurídica, na qual o indicador passou de 3,70% em setembro para 3,17% em setembro. Na pessoa física, foi de 3,27% para 3,08% e em agro, de 1,62% para 1,53%, respectivamente e na mesma base de comparação.

O indicador de calotes de curto prazo, com atrasos acima de 15 dias, ficou em 4,32% ao final de dezembro contra 4,55% em setembro. Há um ano estava em 5,56%.

Provisões

As despesas com provisões para devedores duvidosos (PCLD) do BB foram a R$ 4,788 bilhões no quarto trimestre, queda de 15,1% ante um ano, de R$ 5,637 bilhões. Ante o terceiro trimestre, de R$ 4,858 bilhões, houve recuo de 1,4%.

No critério de provisão líquida de recuperação, os gastos encolheram, conforme o banco, 19,0% no quarto trimestre ante um ano e 1,8% no comparativo trimestral, para R$ 3,168 bilhões. A recuperação de crédito somou R$ 1,620 bilhão nos últimos três meses do ano, cifra 6,2% menor ante 12 meses e 0,7% inferior no trimestre.

O saldo de PDDs do BB foi a R$ 20,229 bilhões no quarto trimestre, declínio de 19,9% ante igual período de 2017, de R$ 25,265 bilhões. No comparativo trimestral, quando somou R$ 21,078 bilhões, a queda foi de 4,0%.