O secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, afirmou que há uma série de alternativas para a criação do imposto único. Ele disse preferir a tributação sobre as movimentações financeiras, mas afirmou que é possível também criar um imposto sobre valor agregado (IVA) ou sobre o faturamento de empresas.
“Ainda analisamos alternativas”, afirmou após a cerimônia de transmissão de cargo para o ministro da Economia.
Antes do envio da proposta de reforma, porém, Cintra afirmou que haverá medidas de simplificação que serão enviadas pelo novo governo. Ele lembrou que a Receita já tem um projeto de simplificação de PIS/Cofins que pode ser aproveitado. “Unificação de tributos é processo que deve ocorrer paralelamente”, afirmou.
Cintra defendeu que o sistema tributário brasileiro tenha progressividade e que “é fundamental ter sistema de baixa tributação e ampla base”.
No Imposto de Renda, Cintra admitiu a possibilidade de uma alíquota única, mas reconheceu que é preciso ter progressividade. “Não iremos ao extremo de ter apenas uma alíquota, mas poucas alíquotas acho que são absolutamente adequadas. E uma alíquota adicional para altas rendas. Não dá pra estabelecermos números. Não temos parâmetros (para qual renda)”, disse.